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PSDB de SP decide não apoiar Nunes na disputa pela Prefeitura; decisão abre o caminho para aliança com Tabata

Votação que rejeitou parceria eleitoral com o atual prefeito ocorreu nesta sexta-feira; decisão deve ser questionada por ala derrotada

José Anibal. Foto: Foto: Roosewelt Pinheiro/ABr
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O PSDB de São Paulo, ainda em crise e sob um comando provisório, optou por não se juntar à lista de partidos que devem apoiar Ricardo Nunes (MDB) na corrida eleitoral pela Prefeitura da capital do estado. A decisão abre caminho para uma aliança com Tabata Amaral (PSB), mas deve ser contestada pelos derrotados.

Quem anunciou a decisão tomada na reunião desta sexta-feira pelo diretório municipal foi ex-senador José Aníbal, conforme registrou o jornal O Globo, com o qual o político conversou minutos após a votação. Ao todo foram 8 votos contrários ao atual prefeito e apenas três votos favoráveis. Há outras três abstenções.

“O PSDB quer protagonismo nas eleições municipais. Tentamos por três semanas conversar com o Ricardo Nunes, Baleia Rossi [presidente do MDB] e até com Michel Temer. No entanto, eles nem consideraram a hipótese de sermos vice. Agora, vamos por outro caminho”, disse Aníbal ao jornal.

O vice de Nunes, ao que tudo indica, será escolhido por Jair Bolsonaro (PL). O ex-presidente é visto como o principal trunfo eleitoral do atual prefeito na disputa com o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), que terá o apoio de Lula (PT) e a popular ex-prefeita Marta Suplicy (PT) como vice.

Descontente com o desprezo do emedebista, o PSDB deve agora bater na porta de Tabata Amaral, que aparece em terceiro lugar nas principais pesquisas na cidade. Ela conta com o apoio do vice-presidente e ex-governador Geraldo Alckmin (PSB) e do ministro e também ex-governador Márcio França (PSB), outro nome importante na cidade. Por lá, os tucanos devem também pleitear a indicação do vice. Tabata e PSB ainda não se posicionaram sobre a proposta.

Apesar do caminho aberto para a negociação, a decisão por não apoiar Nunes deve ser contestada, inclusive judicialmente, pela ala derrotada. A principal tese seria de que a aliança ou não com o atual prefeito precisa ser uma decisão tomada pela federação com o Cidadania, chefiada, neste caso, por Duarte Nogueira (PSDB), prefeito de Ribeirão Preto.

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