Política
Moro diz ser ‘adversário histórico’ de Lula e volta a acenar para Bolsonaro
O ex-juiz da Lava Jato defendeu ‘impor uma derrota não só ao PT a nível estadual, mas a nível nacional’
O ex-juiz Sergio Moro (União Brasil), candidato ao Senado pelo Paraná, voltou a atacar o ex-presidente Lula (PT) e a sinalizar uma reaproximação com o presidente Jair Bolsonaro (PL).
Moro publicou, nesta terça-feira 13, o registro de sua participação em um evento de apoio ao governador do Paraná e candidato à reeleição, Ratinho Júnior (PSD). Roberto Requião (PT) aparece em segundo lugar nas pesquisas de intenção de voto.
“Quero destacar que o nosso único adversário nestas eleições é um adversário histórico do Ratinho Júnior, é um adversário histórico meu, que é o PT, hoje aliado ao Requião”, afirmou o ex-magistrado. Ele também tornou a indicar o apoio a Bolsonaro na disputa contra Lula.
“Vamos trabalhar juntos não só para eleger o governador, com os méritos que ele merece (sic), mas igualmente para impor uma derrota não só ao PT a nível estadual, mas a nível nacional. Nosso adversário é o PT, Lula e o Requião.”
Na segunda-feira 12, Lula disparou críticas a Moro em sabatina realizada pela CNN Brasil. Questionado sobre denúncias de corrupção durante seu governo, o petista reconheceu ter havido irregularidades, mas defendeu a sua inocência e responsabilizou o ex-juiz por ter retirar a credibilidade da Lava Jato.
O ex-presidente argumentou que era necessário ter preservado as empresas envolvidas nos processos de investigação e garantir que a punição se restringisse às pessoas que praticaram atos ilícitos. Segundo ele, a Lava Jato, na verdade, “destruiu” setores da economia, como a construção civil e a exploração de óleo e gás.
“O que você não pode é levantar suspeitas sobre todo mundo. E é importante dizer que quase todo mundo foi condenado, foi solto e saiu com muito dinheiro, porque a delação premiada fez com que muita gente ficasse rica”, declarou Lula. “O processo de investigação poderia ter sido mais sério se o juiz não fosse o pilantra que foi, se não transformasse a Lava Jato numa questão política para me proibir de ser candidato.”
No ano passado, o Supremo Tribunal Federal anulou as condenações de Lula (inclusive no processo do triplex no Guarujá) e reconheceu a suspeição de Moro.
Um minuto, por favor…
O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.
Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.
Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.
Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.
Assine a edição semanal da revista;
Ou contribua, com o quanto puder.