Política

Lewandowski diz que não há prazo para a captura dos fugitivos de presídio em Mossoró

Em coletiva de imprensa, o ministro da Justiça explicou que os agentes cogitam que os detentos estejam em esconderijos ou até mesmo em grutas

Foto: Jamile Ferraris / MJSP
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O ministro da Justiça e da Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, afirmou neste domingo 18, que ainda não é possível estipular prazo para captura dos dois fugitivos da Penitenciária Federal de Mossoró (RN).

“O terreno é difícil e as condições são desfavoráveis. A chuva prejudica as buscas porque apaga os rastros”, disse o ministro em coletiva de imprensa, no Rio Grande do Norte. “Coberto por mata, em uma zona rural e com uma área extensa. Além de ter rodovias, existem vias e pequenas estradas. O local tem casas esparsas. É um trabalho de busca complexo”. 

A hipótese levantada nas investigações é que Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento estejam em esconderijos em casas de moradores da região rural de Mossoró ou até mesmo em grutas. “Quando alguém se esconde em gruta, os sensores térmicos têm dificuldade de buscar a presença de pessoas”, explicou.

A fuga dos dois detentos ocorreu na quarta-feira 14 e a última vez que foram vistos foi na sexta-feira 16, quando fizeram uma família refém a 3 km do presídio. 

Lewandowski, que viajou a Mossoró neste domingo, atualizou que a força tarefa para recaptura passou de 300 para 500 agentes policiais federais e estaduais.  

“Nós estamos envidando todos os esforços, identificando as fragilidades não apenas aqui no presídio de Mossoró, mas já foi iniciado uma varredura, uma identificação de possíveis fragilidades que, penso eu, inexistem nos demais presídios, mas as eventuais falhas já estão sendo corrigidas”, disse o ministro.

Ao ser questionado sobre relatório divulgado na imprensa que indica falhas nas câmeras do presídio, o ministro disse não ter informações oficiais sobre o assunto e diz que “se houve falha, terá de ser punida”.

Já em relação à possível conivência de agentes na fuga, após a PF descobrir que os detentos usaram um objeto metálico para ampliar o buraco na cela, o ministro disse que não é possível ainda confirmar essa relação.

“Todas as hipóteses estão sendo investigadas e virão a público no momento apropriado”, afirmou. 

O ministro também ressaltou que as novas medidas anunciadas já estão sendo providenciadas para o presídio de Mossoró. 

“Haveremos de superar em breve essa situação adversa. Já demos conta de algumas medidas que pretendemos tomar a curto, médio e longo prazo, que serão definidas depois pelos nossos corpos técnicos”, completou.

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