Política

‘Parece que teve a conivência de alguém do sistema’, diz Lula sobre fuga de presos em Mossoró

Em coletiva de imprensa no encerramento de viagem à África, o presidente questionou como detentos ‘cavaram um buraco e ninguém viu’

Foto: EVARISTO SA / AFP
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O presidente Lula (PT) comentou neste domingo 18, pela primeira vez, sobre a fuga dos detentos Rogério Mendonça e Deibson Nascimento, no presídio de segurança máxima de Mossoró (RN).

“Eu não quero acusar. Mas, teoricamente, parece que teve a conivência de alguém do sistema lá dentro“, afirmou Lula à imprensa da Etiópia, no encerramento de sua viagem à África.

“Como eu não posso acusar ninguém, eu sou obrigado a acreditar que a investigação que está sendo feita pela polícia local e pela Polícia Federal nos indique, amanhã ou depois de amanhã, o que aconteceu no presídio de Mossoró”, completou.

Desde a quarta-feira 14, o dia da fuga, uma força-tarefa com equipes das polícias federais e estaduais realizam uma busca para a recaptura dos detentos. 

Até o momento, os agentes encontraram pistas dos fugitivos e indicam que eles ainda estejam no perímetro de 15 km do presídio, onde as ações de seguranças estão focadas. 

É a primeira vez na história que há registro de fuga em um dos cinco presídios de segurança máxima no Brasil. 

Ao citar este fator, Lula mencionou que “isso significa que pode ter havido relaxamento e nós precisamos saber de quem”.

O presidente ainda destacou o trabalho realizado pelo novo ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski. “A primeira pessoa que disse que estaria fazendo uma sindicância para apurar se houve participação de alguém que trabalhava no presídio de segurança máxima foi o ministro Lewandowski”.

“Dito isso, nós estamos à procura dos presos, esperamos encontrá-los e obviamente que nós queremos saber como que esses cidadãos cavaram um buraco e ninguém viu, só faltava contratarem uma escavadeira”, acrescentou.

O ministro da Justiça viajou na manhã deste domingo para acompanhar as investigações sobre a fuga dos dois detentos. 

Ele será recebido pela governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT), e pelo secretário Nacional de Políticas Penais do Ministério da Justiça, André Garcia.

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