Sociedade

Como é a operação que busca os dois fugitivos do presídio de segurança máxima de Mossoró

Após a fuga, a direção da penitenciária foi afastada pelo ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski

Penitenciária de Segurança Máxima de Mossoró Foto: Sumaia Villela /Agência Brasil
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A Polícia Federal continua a busca pelos dois presos que fugiram da Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte. A fuga ocorreu nesta quarta-feira 14. Ao todo, cerca de 100 agentes federais participam da operação.

Apesar de confirmar o tamanho da equipe, a PF não deu detalhes de como organizou a ação, já que a operação está em andamento. Sabe-se, no entanto, que ela não se concentra apenas na região do entorno do presídio.

A PM do RN também participa da ação, assim como a equipe de policiais penais, sob comando da Secretaria de Administração Penitenciária. O número de agentes estaduais, no entanto, não foi informado.

Em nota, a Secretaria de Segurança do estado informou ter enviado um helicóptero para auxiliar a PF nas buscas em Mossoró. A aeronave auxilia no flanco aéreo da operação que visa encontrar os presos. Outra aeronave está parada em Natal, mas disponível para participar da operação em caso de necessidade de ampliação do perímetro.

Nesse modelo de busca, a PF também utiliza drones. Os equipamentos foram encaminhados ao estado nesta quinta em um helicóptero, que também fará parte da operação.

A Interpol, informou a PF na quarta, também já foi acionada. A intenção é dificultar que os dois fugitivos deixam o país. O nome dos dois deve passar a integrar o Sistema de Difusão Laranja.

Por fim, há ainda a participação de agentes da PRF, que farão o bloqueio de estradas, auxiliando a PF no flanco terrestre da operação. As Forças Integradas de Combate ao Crime Organizado, chamadas de Ficco, também foram mobilizadas. O grupo congrega as polícias federais e estaduais nas ações de repressão ao crime organizado.

Intervenção federal

Após os dois homens terem conseguido sair do presídio, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski afastou a direção da unidade carcerária. Para a posição, nesta quinta-feira 15, o ministro nomeou o policial penal Carlos Luis Vieira Pires. 

Essa foi a primeira vez em que se houve registro de fuga em presídios federais de segurança máxima no País. 

Como foi a fuga

Continua em andamento a apuração sobre as circunstâncias da fuga, no entanto, até agora se constatou que a dupla teria escalado uma das luminárias, cortado a cerca e pulado para fora do local. Apesar de ser considerada de segurança máxima, a penitenciária de Mossoró não tem muralha de contenção. 

Investigadores trabalham também com as hipóteses de falha na vigilância ou cooptação de agentes penais. Não por acaso, Lewandowski determinou que todos os protocolos nos presídios federais sejam revistos.

Quem eram os presos

Os dois homens fugitivos seriam Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento. Eles teriam ligações com o Comando Vermelho, uma das maiores facções do País, que se originou no Rio de Janeiro. 

Ambos são naturais do estado do Acre e estavam presos na unidade carcerária desde o ano passado, após terem sido transferidos por participarem de uma rebelião ocorrida no Acre em 2023, que terminou com cinco pessoas mortas. 

Juntos, os dois fugitivos acumulam 155 anos de penas, segundo o Instituto de Administração Penitenciária.

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