Mundo
Exportação de vacinas deve ‘levar algum tempo’, diz porta-voz indiano
Situação complica carregamento de avião brasileiro, que traria dois milhões de doses da vacina de Oxford ao Brasil
Um porta-voz do Ministro das Relações Exteriores da Índia afirmou, em uma coletiva de imprensa nesta quinta-feira 14, que a exportação das vacinas produzidas no país ainda não é certa e deve “levar algum tempo” para se consolidar.
Jornais indianos apuraram que o anúncio incluía a exportação para o Brasil. Hoje, um voo contratado pelo governo brasileiro saiu de Campinas em direção a Recife para que, na sexta-feira 15, decole para a cidade indiana de Mumbai, onde faria o carregamento de dois milhões de doses da vacina da Universidade de Oxford e do laboratório AstraZeneca, produzida pelo Instituto Serum.
Eduardo Pazuello, ministro da Saúde, conta com as doses da vacina para dar início à campanha nacional no dia 20 de janeiro. Doses da Coronavac, produzidas pelo Instituto Butantan, também fazem parte da estratégia feita às pressas pelo governo federal.
“Como você sabe, o processo de vacinação está apenas começando na Índia. É muito cedo para dar uma resposta específica sobre o fornecimento a outros países, porque ainda estamos avaliando os prazos de produção e de entrega. Isso pode levar algum tempo”, disse Srivastava quando questionado a respeito da situação brasileira.
Segundo fontes do jornal The Hindusian Times, ainda não há um cronograma certo para a liberação das doses feitas pelo instituto indiano, um dos maiores produtores de vacinas do mundo.
Na semana passada, o CEO do Instituto Serum, Adar Poonawalla, garantiu que a empresa vai exportar as vacinas fabricadas, mas não deixou claro se a transação só seria feita após a imunização de parcela da população da Índia.
No dia 8 de janeiro, o presidente Jair Bolsonaro enviou uma carta ao primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, para pedir auxílio na logística de exportação.
“Para possibilitar a imediata implementação do nosso Programa Nacional de Imunização, muito apreciaria poder contar com os bons ofícios de Vossa Excelência para antecipar o fornecimento ao Brasil, com a possível urgência e sem prejudicar o programa indiano de vacinação, de 2 milhões de doses do imunizante produzido pelo Serum Institute of India”, diz o documento.
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