Saúde

Fabricante indiana garante que exportará vacinas, mas não especifica data

Presidente de instituto disse que governo do país queria garantir ao menos 100 milhões de doses da vacina da AstraZeneca/Oxford

Foto: AFP/University of Oxford/John Cairns
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O CEO do Instituto Serum, Adar Poonawalla, garantiu nesta terça-feira 5 que a empresa vai exportar as vacinas fabricadas, mas não deixou claro se a transação só seria feita após a imunização de parcela da população da Índia.

No domingo 3, Poonawalla afirmou à agência Reuters que o governo indiano queria garantir ao menos 100 milhões de doses da vacina da AstraZeneca/Oxford, produzida pelo instituto na Índia, para as fases de imunização dos grupos prioritários. Antes disso, o imunizante não poderia ser comercializada para o exterior.

O Instituto Serum é o terceiro maior fabricante do mundo. A decisão do governo atrasaria a entrega de doses da vacina para o consórcio Covax Facility, projetado pela Organização Mundial da Saúde para ajudar todos os países-membro a receberem doses dos imunizantes aprovados pelas agências regulatórias.

 

Nesta terça, Poonawalla escreveu no Twitter que “as exportações de vacinas são permitidas para todos os países” antes de compartilhar uma nota conjunta escrita por ele e pelo presidente do Bharat Biotech, Krishna Ella.

O comunicado diz que “a principal tarefa diante deles é salvar vidas e os meios de subsistência de populações na Índia e em todo o mundo”. A nota acrescenta ainda que a vacina é “um bem de saúde pública global e têm o poder de salvar vidas e acelerar o retorno à normalidade econômica o mais rápido possível”.

A vacina da AstraZeneca já está é utilizada em regime emergencial nas campanhas de imunização do Reino Unido, e já foi aprovada para uso no México. A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), integrante do desenvolvimento da vacina no Brasil, deverá pedir pelo uso emergencial ainda nesta semana.

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