Os partidos que vão compor a base de sustentação do presidente Lula (PT) no Congresso Nacional ainda aguardam uma sinalização do petista para definir os indicados para os ministérios e secretárias do novo governo.
Com a diplomação de Lula nesta segunda-feira 12 e a entrega dos relatórios finais dos grupos de trabalho da transição, o passo seguinte é a definição da quantidade de pastas e quem vai ocupá-las.
O presidente, até o momento, confirmou os nomes de Fernando Haddad (PT) na Fazenda, Rui Costa (PT) na Casa Civil, José Múcio Monteiro na Defesa, Flávio Dino (PSB) na Justiça e Segurança Pública e Mauro Vieira no Itamaraty.
Na semana passada, Lula chegou a dizer que, até o último domingo 11, definiria a quantidade de ministérios e secretárias o seu governo terá. Acrescentou que só trataria dos nomes após a diplomação.
“A partir de amanhã [terça-feira 13] começa a andar”, afirmou o senador Carlos Fávaro (PSD) a CartaCapital. O parlamentar é um dos cotados a assumir algum cargo no governo. O partido tem outros dois nomes da disputa: o também senador Alexandre Silveira e o deputado Pedro Paulo.
Além do PSD, Lula mira em dois grandes partidos: O MDB e o União Brasil. Já está definida a participação de ambos no governo, mas a indefinição sobre o espaço e os nomes permanece.
O deputado Baleia Rossi, presidente nacional do MDB, declarou que a senadora Simone Tebet representaria a sigla se for chamada para algum ministério. No partido, a discussão se dá se a escolha da emedebista entraria na cota pessoal de Lula ou das bancadas no Congresso.
O União Brasil conta com o senador Davi Alcolumbre e o deputado Elmar Nascimento nas negociações diretas com Lula por uma aliança. Alcolumbre, que é presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Casa, ganhou protagonismo com a aprovação da PEC da Transição. O texto será analisado agora na Câmara.
As legendas que estiveram com Lula já na eleição – PCdoB, PV, Solidariedade, Psol, Rede, PSB, AGIR, Avante e PROS – também estão em compasso de espera pelo presidente eleito.
O mesmo ocorre com o PDT. “Quem decide é o eleito”, disse à reportagem o presidente nacional da legenda, Carlos Lupi. CartaCapital apurou, no entanto, que os integrantes da sigla esperam ser agraciados com o ministério do Trabalho, da Previdência Social ou das Cidades.
Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.
Já é assinante? Faça login