Política

Os maiores ‘acertos’ e os piores ‘erros’ do governo Lula, segundo pesquisa

Dados foram monitorados pela pesquisa Quaest, divulgada nesta quarta-feira

Foto: Evaristo Sa/AFP
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Na nova rodada de pesquisa Quaest, que foi divulgada nesta quarta-feira 21 e apontou um aumento de 51% para 56% na aprovação do governo Lula (PT), o instituto ouviu os entrevistados sobre temas da atualidade no País, ligados, direta ou indiretamente, a medidas do governo federal.

De acordo com a pesquisa, a proposta com maior aprovação é a isenção dada a montadoras para baixar os preços dos veículos. Entre os entrevistados, 76% disseram que são a favor do desconto para carros populares, enquanto 18% se disseram contra. Nesse tema, 6% não souberam ou não responderam. 

Em seguida, as propostas mais bem avaliadas são: o Desenrola Brasil e o fim da paridade internacional para o preço da gasolina, com 73% e 61% de avaliação positiva, respectivamente. No caso do programa de renegociação de dívidas, 23% se disseram contrários, enquanto 3% não souberam ou não responderam. Já o fim da política de preços da Petrobras foi avaliada negativamente por 24% dos entrevistados, enquanto 15% não souberam ou não responderam.

Na pesquisa divulgada hoje pela Quaest, outra proposta bem avaliada foi a de “aprovar reforma tributária com imposto único”. A ideia foi vista como positiva por 54% dos entrevistados, enquanto 24% se mostraram contra e 22% não souberam ou não responderam. Vale contextualizar que a ideia foi apresentada como uma proposta aos entrevistados, em caráter genérico, mas, até o momento, ainda passará por discussões no âmbito do debate sobre a reforma tributária no país.

A política do governo de dificultar o acesso a armas de fogo também recebeu apoio da população. Ao todo, segundo a Quaest, 71% disseram ser contra facilitar o comércio de armas de fogo no País. Só 26% disseram ser favoráveis.

Os erros

A pauta que teve a maior reação contrária entre os brasileiros, segundo a pesquisa, foi a volta das relações diplomáticas do Brasil com a Venezuela. Nesse caso, 64% dos entrevistados foram contrários à aproximação com o país comandado por Nicolás Maduro, ao passo que 22% se mostraram a favor, enquanto 14% não souberam ou não responderam. 

No último dia 30 de maio, Lula recebeu Maduro em Brasília e, na ocasião, defendeu a inclusão da Venezuela nos Brics e se referiu às denúncias de violação dos direitos humanos no país sul-americano como “narrativa“. 

O outro ‘erro’ de Lula apontado pelo levantamento diz respeito a Bolsonaro. A pesquisa divulgada hoje mostrou que a maioria dos entrevistados acha que ele não deve ser responsabilizado pelas mortes relacionadas à Covid-19. Lula tem dito, constantemente, que o ex-capitão é culpado por ao menos metade das mais de 700 mil mortes causadas pela doença no País. Entre os entrevistados, 59% são contra a responsabilização do ex-presidente, enquanto 33% são a favor e 8% não souberam ou não responderam. 

A exploração do petróleo na foz do rio Amazonas também não repercutiu positivamente entre os entrevistados. O tema é um impasse no governo desde que o Ibama barrou a tentativa da Petrobras de perfurar a região. O Ministério de Minas e Energia e a estatal insistem na medida, enquanto o Ministério do Meio Ambiente e o órgão de fiscalização não cederam ao pedido, mesmo diante da pressão política no caso. Pela pesquisa, 52% são contrários ao pleito da Petrobras e 34% são favoráveis. 13% não se manifestaram.

A pesquisa Quaest foi contratada pela consultoria de investimentos Genial e realizada entre 15 e 18 de junho. Para chegar aos resultados, foram realizadas 2.029 entrevistas presenciais em 120 municípios de todas as regiões do país. A margem de erro estimada é de 2.2 pontos percentuais com nível de confiança de 95%.

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