Política

Na Alesp, PT protesta contra ‘manobra’ do PL para evitar que oposição solicite investigações

Uma confusão foi formada após Suplicy tentar protocolar uma CPI sobre o tiroteio em Paraisópolis, ocorrido durante a campanha de 2022

Foto: Victor Ohana
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O deputado estadual Eduardo Suplicy (PT-SP) protagonizou uma confusão na Assembleia Legislativa de São Paulo, nesta sexta-feira 24, ao tentar protocolar um pedido de instauração de uma Comissão Parlamentar de Inquérito sobre o tiroteio em Paraisópolis, ocorrido durante a campanha eleitoral de 2022.

A ação do parlamentar ocorre em meio a um protesto do PT contra uma “manobra” do PL para evitar que a oposição protocole pedidos de CPI.

O PT alega que o sistema de protocolos de CPI estava suspenso para a implantação de um sistema digital. No entanto, a bancada se disse surpreendida com a formação de uma fila com dezenas de assessores da base do governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos) para protocolar solicitações fisicamente. A fila começou na terça-feira 21 e teve direito a pizza e refrigerante durante a noite. Os assessores faziam revezamento para aguardar a abertura dos protocolos, nesta sexta-feira 24.

Como as análises das CPIs ocorrem por ordem de chegada, o PT argumenta que a base de Tarcísio quer impedir que a oposição faça os seus pedidos.

Para a surpresa dos deputados governistas, Suplicy apareceu na fila no dia da abertura dos protocolos, com a reivindicação de tomar o primeiro lugar, com o argumento de que o Estatuto do Idoso o autoriza a furar a fila. O parlamentar, de 81 anos, é o que tem a idade mais avançada na casa.

Os apoiadores do petista berraram pelo respeito à lei federal, enquanto os parlamentares governistas defenderam o que o Estatuto não tem validade sobre o regimento interno da Casa.

O PT alega que a CPI de Paraisopólis deve ser aberta para investigar a morte de Felipe Silva de Lima, de 27 anos, durante a visita de Tarcísio à comunidade paulistana durante as eleições para o governo estadual.

Suplicy, porém, não foi priorizado na fila, e o PT decidiu protocolar o pedido de acordo com a ordem de chegada.

O parlamentar entregou um exemplar do Estatuto do Idoso à Presidência da Casa e pleiteou que a Alesp avalie sobrepor a sua solicitação às outras posteriormente. O pedido de CPI já tem 32 assinaturas, número suficiente para a abertura da investigação.

Veja o vídeo do momento:

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