Justiça

Advogado de Daniel Silveira pede que Moraes apague nome do cliente ‘da mente’

Manifestação solicita ainda o arquivamento da ação penal em decorrência do indulto concedido pelo presidente Jair Bolsonaro

Advogado de Daniel Silveira pede que Moraes apague nome do cliente ‘da mente’
Advogado de Daniel Silveira pede que Moraes apague nome do cliente ‘da mente’
O deputado federal Daniel Silveira. Foto: Evaristo Sá/AFP
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A defesa do deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ) protocolou no domingo 1 uma manifestação em que solicita o arquivamento da ação penal em decorrência do indulto concedido pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) ao parlamentar. que foi condenado a oito anos e nove meses de prisão pelo Supremo Tribunal Federal por ataques a integrantes da Corte.

No documento, os advogados pedem “o fim de todas as perseguições pessoais deste relator [o ministro Alexandre de Moraes], comprometendo-se a apagar o nome Daniel Lúcio da Silveira de vossa mente, respeitando o devido processo legal e a Constituição Federal”.

Para a defesa do deputado, não há “absolutamente nada mais a ser discutido no âmbito desta vergonhosa ação penal”. 

O advogado que representa o parlamentar alegou não ser necessário esperar o trânsito em julgado, quando da decisão não cabe mais nenhum recurso. 

No despacho, Moraes também pediu esclarecimentos sobre o descumprimento da medida cautelar imposta de uso da tornozeleira eletrônica, que dado que se encontrava descarregada há mais de 15 dias.

Sobre o tema, a defesa alega que solicitou, por três vezes, a substituição do aparelho “por suspeitas de adulteração e uso inadequado e informação de defeito no equipamento, especialmente, bateria”. No entanto, tal pedido foi negado pela Corte. 

“Sendo assim, não é crível, muito menos aceitável, que venha neste momento criar factoides, alimentados por uma imprensa irresponsável, mesquinha e militante, para, mais uma vez, acusar Daniel Silveira de descumprimentos de situações alertadas e informadas a este relator, informando que havia defeitos e suspeitas no equipamento”, cita trecho da manifestação. 

A defesa ainda pediu a devolução dos aparelhos celulares do deputado apreendidos para perícias, bem como a retomada do valor pago como fiança, no valor de 100 mil reais. 

Na última semana, Moraes ressaltou que o benefício concedido pelo presidente ao aliado recairia apenas sobre a sentença de prisão e multa, mas não afetaria os efeitos de inegibilidade dada a condenação criminal do parlamentar.

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