CartaExpressa
Lula fala o que a maioria pensa sobre o BC, mas respeitará autonomia, diz líder do governo
O presidente afirmou nesta segunda não haver ‘justificativa nenhuma’ para a Selic estar em 13,75% ao ano
O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), disse nesta segunda-feira 6 que as críticas do presidente Lula (PT) à taxa básica de juros representam o que pensa a maioria do povo brasileiro. Isso não significa, diz o parlamentar, que a gestão federal tentará interferir na autonomia do Banco Central.
Nesta manhã, Lula afirmou não haver “justificativa nenhuma” para a Selic estar em 13,75% ao ano. “É só ver a carta do Copom para a gente saber que é uma vergonha esse aumento de juro e a explicação que eles deram à sociedade brasileira”, avaliou o presidente.
“O presidente está dizendo o que a maioria dos brasileiros acha: os juros no Brasil, do jeito que estão, são inibidores de investimento produtivo, de geração de emprego”, declarou Wagner à Folha de S.Paulo. “Ele não pretende desrespeitar nem o mandato, nem a autonomia do Banco Central. Não é esse o debate que está em curso.”
Wagner declarou, porém, que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), “vai dialogar o tempo todo” com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, “respeitada sua autonomia”.
A mais recente reunião do Copom ocorreu em 1º de fevereiro, quando o colegiado optou por manter a Selic em 13,75%, decisão já antecipada pelo mercado. Trata-se do maior nível desde janeiro de 2017. Nas últimas quatro reuniões, o BC decidiu não mexer no índice. Antes, foram 12 elevações seguidas.
Relacionadas
CartaExpressa
Lula elogia o trabalho de Múcio na Defesa: ‘É o ministro que eu quero’
Por CartaCapitalCartaExpressa
‘Errar faz parte’: a justificativa dos deputados que votaram contra a suspensão da dívida do RS
Por Wendal CarmoCartaExpressa
O que dizem os petroleiros sobre a demissão de Prates e a nova presidente da Petrobras
Por CartaCapitalCartaExpressa
Paulo Pimenta é escolhido por Lula como autoridade federal para atuar no RS
Por CartaCapitalUm minuto, por favor…
O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.
Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.
Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.
Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.
Assine a edição semanal da revista;
Ou contribua, com o quanto puder.