CartaExpressa
Em Dubai, Bolsonaro mente sobre COP26 e diz que Brasil foi ‘o mais atacado’ na conferência
Ao responder jornalistas, presidente mentiu dizendo que Estados Unidos e China não assinaram acordos
Em Dubai para uma série de eventos no Oriente Médio, o presidente Jair Bolsonaro mentiu sobre a COP26, Conferência do Clima da ONU que acontece em Glasglow, e reclamou sobre a postura dos participantes, alegando que o Brasil é ‘o país mais atacado’ na conferência.
“COP-26, né? Ali é um local onde quase todos apresentam os problemas para os outros resolverem. Você pode ver, China, Índia, Estados Unidos não assinaram nada”, disse Bolsonaro, omitindo o acordo assinado por China e EUA em que se comprometeram em trabalhar pela redução de carbono na atmosfera.
O presidente então seguiu a declaração em tom de lamento: “Nós somos os que mais contribuímos para a não emissão de gases de efeito estufa e que, por vezes, mais pagamos a conta, mais somos atacados”. A entrevista do presidente a jornalistas em Dubai foram registradas em vídeo pelo portal G1.
A informação sobre a emissão de carbono dita pelo presidente também está distorcida. Dados apontam que o Brasil foi o único país do G20 a rebaixar as metas de emissão de gases do efeito estufa e aumentou sua emissão de carbono em 9,5% em 2020, enquanto o restante do mundo reduziu os índices de emissão em 7%.
Bolsonaro não participou da Conferência do Clima. De acordo com o vice-presidente Hamilton Mourão, a opção por não ir ao evento foi para ‘não tomar pedradas’ dos demais líderes presentes.
Relacionadas
CartaExpressa
Campos Neto diz ser um ‘liberal liberal’, mas ‘mais conservador nos costumes’
Por CartaCapitalCartaExpressa
Moraes atende PGR e manda a PF aprofundar investigações contra Monark
Por CartaCapitalCartaExpressa
Governo Lula autoriza o envio da Força Nacional ao Rio Grande do Sul
Por CartaCapitalCartaExpressa
Lira marca análise de PEC que prevê destinação de emendas a desastres naturais
Por Wendal CarmoUm minuto, por favor…
O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.
Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.
Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.
Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.
Assine a edição semanal da revista;
Ou contribua, com o quanto puder.