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Denúncia de Marcos do Val será apurada, mas é preciso desconfiança, pondera Padilha

Suspeita-se de uma suposta intenção por parte do parlamentar de cavar uma situação de suspeição a Moraes, que é o relator do inquérito dos atos golpistas no STF

Foto: Foto: Oswaldo Corneti/Fotos Públicas
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O ministro das Relações Intitucionis, Alexandre Padilha, declarou que é preciso desconfiar das intenções do senador Marcos do Val (Podemos-ES) que fez revelações sobre uma suposta operação golpista com interferências do ex-deputado Daniel Silveira (PTB) e do ex-presidente Jair Bolsonaro (PT).

“Toda vez que alguém que sempre defendeu atitudes antidemocráticas, que ficou quieto quando o Supremo Tribunal Federal, Congresso Nacional e o Palácio do Planalto foram invadidos de forma terrorista no dia 8 de janeiro, não teve nenhuma manifestação em defesa da democracia […] [quando a pessoa] vem fazer uma entrevista que muda três vezes ao longo do dia, você tem que desconfiar”, avaliou.

“Quais são as motivações dessa pessoa?”, acrescentou Padilha, ao ser questionado sobre uma suposta intenção por parte do parlamentar de cavar uma situação de suspeição a Moraes, que é o relator do inquérito dos atos golpistas no Supremo Tribunal Federal.

Nesta sexta-feira 3, do Val anunciou que pedirá à Procuradoria-Geral da República o afastamento do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, da relatoria do inquérito sobre os atos antidemocráticos. O parlamentar afirma que não foi orientado por Moraes a fazer um registro oficial do suposto golpe quando o procurou pessoalmente para narrar o plano golpista.

Moraes nega a tese. O ministro afirmou ter recebido do Val em uma audiência, a pedido do parlamentar, e afirma ter indagado ao senador se ele poderia confirmar o relato de forma oficial em um depoimento, ao que Do Val se negou.

Padilha afirmou que a denúncia feita pelo senador será apurada até o fim e que a Polícia Federal deve responder em breve aos questionamentos que ainda pairam sobre o 8 de janeiro.

“A Polícia Federal e a Suprema Corte são instrumentos fortes para que a gente possa saber e apurar até o final, inclusive pra gente saber quais são as finalidades de falas como a de ontem. Onde [Do Val] quer chegar mas isso?”.

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