O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) tem tentado intimar o ex-juiz e atual senador Sergio Moro (União Brasil-PR) e a magistrada Gabriela Hardt sobre uma representação disciplinar movida pelo corregedor nacional de Justiça, Luis Felipe Salomão. A informação foi publicada nesta segunda-feira 30 pelo jornalista Lauro Jardim, do jornal O Globo.
De acordo com a publicação, Moro e Hardt, além de desembargadores do Tribunal de Justiça da 4ª Região (TRF-4), são investigados pela gestão – considerada inapropriada – dos recursos oriundos de acordos de delação e leniência no âmbito da Operação Lava Jato. Moro e Hardt, especificamente, foram titulares da 13ª Vara Federal de Curitiba.
Segundo um relatório parcial divulgado pelo CNJ em setembro, houve uma “gestão caótica” dos recursos mencionados. No âmbito dos acordos, a Lava Jato repassou à Petrobras o valor de 2,1 bilhões de reais, entre 2015 e 2019. O montante serviria para criar uma fundação que, em tese, iria empreender ações contra a prática de corrupção.
Ainda de acordo com a matéria, um oficial de Justiça chegou a comparecer em um escritório de Moro em duas ocasiões distintas, em Curitiba, mas não obteve sucesso na tentativa de contato com o senador. Assessores do ex-juiz negaram ao oficial o contato telefônico do ex-juiz.
Em relação a Hardt, os agentes do CNJ chegaram a enviar mensagens oficiais por meio do aplicativo Whatsapp, mas a juíza afirmou que estava em uma viagem aos Estados Unidos. Desde então, o contato não foi retornado.
Por conta da situação, o caso foi devolvido ao CNJ no final de setembro. Ambos não se pronunciaram sobre a tentativa frustrada de intimação por parte do CNJ.
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