Política

Bolsonaro inelegível: veja reações à decisão do TSE que afasta o ex-presidente das urnas por 8 anos

Por maioria, o TSE entendeu que o ex-capitão cometeu abuso de poder político ao convocar líderes estrangeiros para disseminar mentiras sobre o sistema eleitoral

Bolsonaro inelegível: veja reações à decisão do TSE que afasta o ex-presidente das urnas por 8 anos
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Foto: Reprodução
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A decisão do Tribunal Superior Eleitoral em condenar Jair Bolsonaro (PL) à inelegibilidade por oito anos repercutiu entre aliados do ex-presidente e lideranças políticas da direita. Por maioria, o TSE entendeu que o ex-capitão cometeu abuso de poder político ao convocar líderes estrangeiros para disseminar mentiras sobre as urnas eletrônicas.

O presidente do PL, Valdemar da Costa Neto, disse estar incrédulo e classificou a decisão como uma “injustiça”. “Podem acreditar que a injustiça de hoje será capaz de revelar o eleitor mais forte da nação. E o resultado disso será demonstrado nas eleições de 2024 e 2026”, escreveu no Twitter.

Ex-ministro do Desenvolvimento Regional de Bolsonaro e senador pelo Rio Grande do Norte, Rogério Marinho (PL) afirmou que irá atuar para manter “o legado” bolsonarista às próximas gerações.

“Como líder da oposição no Senado, tenho a responsabilidade de defender o legado econômico que nos tirou da maior recessão de nossa história, os valores da família, a vida desde a concepção, o combate à descriminalização das drogas e a defesa das liberdades”, acrescentou.

O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) se limitou a dizer: “Vence o sistema”. Por outro lado, o ex-ministro Fábio Wajngarten declarou apenas que a inelegibilidade deixa o campo da direita bolsonarista “mais forte e com mais vontade de trabalhar pelo Brasil”.

Até o momento, os filhos de Bolsonaro ainda não se manifestaram. Também nas redes sociais, o senador Ciro Nogueira (PP-PI) pontuou, sem citar o ex-capitão, que “a esperança está mais viva do que nunca”.

Já o ex-ministro da Cidadania, João Roma (BA), chamou a condenação de “uma manobra arbitrária do judiciário brasileiro”.

“Dos dois um, ou eles têm medo de Bolsonaro voltar ao poder ou não sabem conviver com o seu legado histórico em benefício do povo. Tô fechado com o Capitão!”, declarou.

Se, por um lado, a decisão do TSE significou um duro revés ao ex-presidente, por outro a condenação também foi comemorada por internautas e de políticos da esquerda.

Para o ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB), o julgamento na Corte eleitoral mostra que “mentir não é ferramenta legítima para o exercício de uma função pública”, em uma referência à série de informações falsas disseminadas por Bolsonaro sobre o sistema eleitoral brasileiro.

A presidenta nacional do PT, Gleisi Hoffmann, comemorou a decisão. Segundo ela, o veredito do TSE carrega uma enorme “força didática” e condena “os métodos da extrema-direita, como a disseminação industrial de mentiras”.

O ex-presidenciável Ciro Gomes afirmou que a ação apresentada pelo PDT contra Bolsonaro teve o objeto de “proteger a democracia e punir o abuso de poder político praticado” pelo então candidato.

Atual ministro da Previdência e presidente do PDT, Carlos Lupi, também usou as redes para repercutir a decisão favorável ao seu partido.

Por maioria, cinco ministros do TSE seguiram o voto do relator Benedito Gonçalves e entenderam que Bolsonaro cometeu abuso de poder político e econômico e uso indevido dos meios de comunicação. Apenas os ministros Raul Araújo e Kassio Nunes Marques votaram para inocentar o ex-presidente.

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