Política

Veja imagens da desmontagem dos acampamentos bolsonaristas em Brasília

Até o momento, ao menos 1.200 golpistas foram detidos e levados para a sede da Polícia Federal

Foto: Mauro PIMENTEL / AFP
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A Polícia Militar do Distrito Federal, a polícia do Exército e a Polícia Federal desmontaram, na manhã desta segunda-feira 9, o acampamento de bolsonaristas em frente ao Quartel General em Brasília.

A ação ocorre após a determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, que durante a madrugada deu um prazo de 24 horas para as autoridades desmobilizarem as aglomerações dos golpistas.

Até o momento, ao menos 1.200 golpistas foram detidos e levados para a sede da Polícia Federal.

Como mostrou CartaCapital, antes de invadirem a Praça dos Três Poderes em Brasília no domingo 8, bolsonaristas esperavam o apoio de caminhoneiros para parar o País após os atos de terrorismo.

A reportagem esteve no QG horas antes dos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) partirem em direção à Esplanada dos Ministérios em protesto contra a vitória do presidente Lula (PT).

O plano inicial era que a multidão saísse do local por volta das 13h e, segundo manifestantes, ultrapassasse as barreiras das forças de segurança quando a aglomeração golpista atingisse um número de pessoas que tornasse inviável a ação da Polícia Militar do Distrito Federal e da Força Nacional.

“Os caminhoneiros têm que fechar as estradas. Nós seguramos por aqui”, disse um bolsonarista durante a concentração no QG. “Trouxe máscara e proteção para balas de borracha”, confessou outro militante.

Pela manhã, havia um número maior de bolsonaristas do que nos últimos dias. “Nós não vamos quebrar. Vamos entrar [na Esplanada] em uma casa que é nossa”, disse um dos participantes que veio do interior de São Paulo. “A ideia é juntar muita gente para invadir”.

Algumas horas após a invasão da Praça dos Três Poderes, o presidente decretou a intervenção federal na segurança pública do Distrito Federal. O petista classificou os atos como fascistas.

A avaliação do governo é que tanto o governador Ibaneis Rocha (MDB) quanto o secretário de Segurança Pública e ex-ministro da Justiça de Jair Bolsonaro (PL), Anderson Torres, sabiam com antecedência o que estava sendo planejado. Torres foi exonerado.

Apoiadores de Bolsonaro admitiram que contavam com a condescendência de policiais militares. “Eles não falam abertamente, mas acenam positivamente com a cabeça”, disse um bolsonarista.

Veja imagens da agência AFP:

Foto: Mauro PIMENTEL / AFP

Foto: Mauro PIMENTEL / AFP

Foto: Mauro PIMENTEL / AFP

Foto: Mauro PIMENTEL / AFP

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