Política

Valdemar Costa Neto defende Bolsonaro após operação da PF: ‘É uma pessoa correta’

Agentes apreenderam dispositivos pertencentes ao ex-presidente Jair Bolsonaro nesta quarta-feira

O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, à frente de um banner com Bolsonaro. Foto: Reprodução
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O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, defendeu Jair Bolsonaro (PL) após o ex-presidente ser alvo de operação da Polícia Federal, nesta quarta-feira 3. 

Segundo o dirigente da sigla, o ex-capitão é uma pessoa “correta e íntegra” e, portanto, não teria cometido as irregularidades atribuídas contra ele. As “dúvidas da Justiça serão esclarecidas”, reforçou, ainda em uma publicação feita nas redes sociais. 

“Bolsonaro é uma pessoa correta, íntegra, que melhorou o país e procurava sempre seguir a Lei. Confiamos que todas as dúvidas da Justiça serão esclarecidas e que ficará provado que Bolsonaro não cometeu ilegalidades”, escreveu Valdemar. 

Jair Bolsonaro é o presidente de honra da legenda. A ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro, ocupa o cargo de presidência do PL Mulheres, braço do partido dedicado às políticas para o grupo. Os dois estão no centro de um escândalo de falsificações de dados em cartões de vacinação no Sistema do Ministério da Saúde. 

A operação deflagrada investiga fraude nos cartões de vacinação contra a Covid-19 de Bolsonaro e seus auxiliares. O grupo teria inserido dados falsos no sistema do Ministério da Saúde. Pela ação, a casa de Bolsonaro foi alvo de buscas e seus celulares foram apreendidos. Além disso, o ajudante de ordens do ex-capitão, tenente-coronel Mauro Cid, foi preso. Outros dois seguranças do ex-presidente também foram detidos pela PF.   

“Com isso [falsificação], tais pessoas puderam emitir os respectivos certificados de vacinação e utilizá-los para burlarem as restrições sanitárias vigentes imposta pelos poderes públicos (Brasil e Estados Unidos) destinadas a impedir a propagação de doença contagiosa, no caso, a pandemia de Covid”, explicou a Polícia Federal.

De acordo com a corporação, o crimes cometidos pelo grupo configuram, em tese, “infração de medida sanitária preventiva, associação criminosa, inserção de dados falsos em sistemas de informação e corrupção de menores”.

Ao longo da manhã, Bolsonaro falou rapidamente com jornalistas para negar o envolvimento nas falsificações. Ele não comentou, porém, a prisão dos aliados. Apesar da negativa, o ex-capitão se negou a prestar depoimento à PF sob a alegação de que aguarda o acesso ao processo. Michelle, por sua vez, se limitou a dizer que apenas ela foi vacinada.

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