Política

Tarcísio avalia deixar o Republicanos após aproximação do partido com governo Lula

A nomeação do deputado Silvio Costa Filho (Republicanos-PE) como ministro de Lula já é dada como certo; em troca, a legenda deve dar mais sustentação ao petista em votações na Câmara

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas. Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil
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A iminente entrada do Republicanos na base do governo Lula (PT) faz com que o governador de São Paulo Tarcísio de Freitas avalie deixar a legenda. A possibilidade foi confirmada pelo próprio político em entrevista ao podcast Flow, exibida na noite desta quarta-feira 9.

“É uma coisa que eu vou avaliar com o partido”, disse o ex-ministro bolsonarista sobre sua possível saída do Republicanos após a aproximação da sigla com Lula.

“Eu sou contra. Para mim, eu não gostaria de ver o meu partido fazendo parte da base do governo”, justificou em seguida o governador.

Ele não forneceu detalhes de qual seria seu novo partido caso opte por deixar o Republicanos. Vale lembrar que Tarcísio é apontado como possível sucessor de Jair Bolsonaro (PL), que ficou inelegível por decisão do TSE, na disputa presidencial em 2026. Na conversa, ele tratou sobre a possível indicação no pleito, mas evitou se colocar como candidato. “Vai ser quem ele [Bolsonaro] apontar”, resumiu.

A entrada do Republicanos no governo, importante dizer, já é dada como certa. Resta apenas definir qual ministério o deputado Silvio Costa Filho (Republicanos-PE) ocupará. Em troca, a bancada dará mais sustentação a Lula em votações na Câmara.

O mesmo deve ocorrer com o PP. André Fufuca (MA) foi o escolhido neste caso. Ele deverá ser levado à Esplanada na mesma leva de nomeações de Costa Filho. Assim como no primeiro caso, falta a definição de qual pasta será cedida ao deputado do PP. A decisão, nos dois casos, é de Lula, que deve bater o martelo sobre o tema no retorno da viagem ao Rio de Janeiro, no final de semana.

A aproximação do governo com os dois partidos, que incomoda Tarcísio, já rendeu frutos. Na Câmara, a aprovação da revisão da lei de cotas, por exemplo, já contou com apoio das bancadas.

Outro ponto apontado como vitorioso na nova relação, é a frustração de um plano bolsonarista para prorrogar a CPI do MST. A chegada das duas legendas fez com que Ricardo Salles e Coronel Zucco fossem isolados no desejo de manter o colegiado por mais 60 dias. A definição contou com troca de integrantes capitaneada pelo Republicanos.

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