Política
Em aceno ao Centrão, Padilha diz que é preciso ‘reforçar o time’ do governo para o 2º semestre no Congresso
Ministro é o principal articulador de Lula entre os parlamentares e, neste momento, é quem recebe as solicitações dos integrantes da centro-direita em troca de mais apoio ao presidente no Legislativo
Após o governo aprovar os projetos que considerava prioritários nos primeiros seis meses de gestão, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, enfatizou a necessidade da manutenção da articulação no Congresso para aprovação das próximas bandeiras da atual gestão, como a regulação do crédito de carbono.
“O governo foi vitorioso no primeiro turno do campeonato. O governo, o Congresso Nacional, a sociedade construíram todas as condições para que o Brasil retomasse o crescimento econômico e agora estamos no segundo turno, então precisamos reforçar o time para começar o segundo turno“, disse o ministro em coletiva de imprensa nesta sexta-feira 4.
Padilha, neste final de semana, acompanha o presidente Lula na Cúpula da Amazônia, que vai reunir chefes de Estado da região nos próximos dias 8 e 9. É ele quem recebe as demandas dos integrantes da centro-direita em troca de mais apoio ao presidente no Congresso Nacional. A iminente reforma ministerial, por exemplo, é articulada por Padilha.
Nesta sexta, durante a coletiva, o ministro evitou falar das trocas na equipe de governo. Seu foco, se aproveitando do tema do encontro de chefes de Estado no Pará, foi o a necessidade de fazer avançar os debates sobre a transição ecológica e a aprovação do marco regulatório do crédito de carbono. Os dois, segundo explicou, devem tramitar o mais rápido possível no Parlamento.
“Está na agenda prioritária no segundo semestre a conclusão da votação da reforma tributária, concluir o marco fiscal, votar o orçamento […] e temos os projetos sociais que estamos recriando…o marco do crédito de carbono”, destacou.
Também nesta sexta, o ministro junto ao Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável, conhecido como Conselhão, instalou dois grupos de trabalho: um para a Amazônia e outro para a restauração de áreas degradadas.
A expectativa é de um plano de trabalho nos próximos 60 dias e com expectativa de atrair investimento externo de 120 bilhões de dólares.
Outra novidade foi o anúncio do Bolsa Verde para as famílias que vivem em áreas de proteção ambiental. O acordo de cooperação técnica foi assinado entre os ministérios do Meio Ambiente e Mudança do Clima; do Desenvolvimento Social e do Desenvolvimento Social para a retomada do programa. O intuito é que os pagamentos a famílias em áreas de reserva extrativista e comunidades tradicionais da Amazônia aconteçam como forma de estimular a preservação da floresta e promover a regeneração de áreas degradadas.
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