Política

Preso por falsificação de cartões de vacina, Mauro Cid também será investigado por lavagem de dinheiro

A apreensão de 35 mil dólares na casa do ajudante de ordens de Jair Bolsonaro e a descoberta de uma conta em Miami motivaram a nova linha da apuração da Polícia Federal

Foto: Alan Santos / PR
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O tenente-coronel Mauro Cid, ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro preso por falsificação de cartões de vacinação, também será alvo de investigações sobre um suposto esquema de lavagem de dinheiro. A informação foi revelada pelo programa Fantástico, da TV Globo.

De acordo com o semanário, a Polícia Federal passou a apurar a suspeita após encontrar 35 mil dólares em espécie na casa do militar durante a Operação Venire, deflagrada na semana passada. A existência de uma conta em Miami, nos Estados Unidos, em nome de Mauro Cid também foi listada no caso.

Os dólares encontrados, dizem, teriam sido sacado pelo ajudante de ordens do ex-presidente em março deste ano, pouco antes do retorno de Bolsonaro ao Brasil. A defesa do militar, porém, nega qualquer irregularidade. Segundo apontam os advogados, o montante seria parte do salário de Cid em missão internacional. A conta em Miami, alegam, é padrão para militares que cumprem ações no exterior.

A intenção da PF, porém, é olhar com mais detalhes as operações feitas por Cid na conta no exterior. Não por acaso, o pleito agora é a quebra de sigilo do tenente-coronel. A expectativa é confirmar a origem do dinheiro, bem como suas retiradas.

A linha de investigação fecha ainda mais o cerco contra Cid. Além do suposto esquema que o levou para a prisão, o militar tem apurações em aberto no caso das joias sauditas e é investigado pelo Tribunal Superior pelo vazamento de informações sigilosas de um inquérito que apurava um ataque hacker no sistema do tribunal.

Conversas apreendidas no celular de Mauro Cid ainda apontam duas outras complicações para o ajudante de ordens de Bolsonaro. A primeira delas é uma relação de proximidade com investigados pelo assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL). Em uma das conversas, um militar – Ailton Barros -chega a afirmar que sabe quem é o mandante do crime. O caso está em apuração. Na outra, o mesmo militar encaminha a Cid um plano de golpe, que contaria com a prisão do ministro Alexandre de Moraes. Barros foi preso na mesma operação.

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