Política

Por que Leite calcula em R$ 19 bilhões o custo de plano para reestruturar o RS

Os temporais que castigam o estado desde a semana passada já deixaram 107 mortos

O governador do RS, Eduardo Leite, em 9 de maio de 2024. Foto: Lauro Alves/Secom
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O governo de Eduardo Leite (PSDB) estima que serão necessários pelo menos 19 bilhões de reais para a reestruturação do Rio Grande do Sul após os temporais que se acumulam desde a semana passada.

O montante se divide em:

  • Resposta: 218,6 milhões de reais
  • Assistência: 2,46 bilhões de reais
  • Restabelecimento: 7,2 bilhões de reais
  • Reconstrução: 8,9 bilhões de reais

Os serviços de assistência incluem, por exemplo, o resgate de vítimas, a busca por desaparecidos e as ações de segurança. Na lista estão também os custos extraordinários com abrigos e moradias temporárias.

“Temos que dar condições de os abrigos terem divisórias, para respeitar a individualidade das famílias. São centenas de pessoas no mesmo ambiente, estamos falando de 67 mil pessoas”, disse o governador na tarde desta quinta-feira 9. “Estamos orientando os municípios a fazer os levantamentos cadastrais para termos o diagnóstico das famílias atingidas, que vai ser essencial para a definição das políticas públicas.”

Já o eixo de restabelecimento engloba a desobstrução de vias, a estruturação de casas e escolas e a remoção de resíduos. Será necessário, ainda, desmontar edificações e estruturas comprometidas.

Por fim, a reconstrução prevê apoio à agricultura, suporte a empresas, dinheiro para unidades de saúde e recomposição de moradias e pontes.

Conforme um boletim divulgado pela Defesa Civil do RS às 12h desta quinta, os temporais já deixaram 107 mortos (outra morte segue sob investigação).

Há também 136 desaparecidos, 374 feridos, 165.112 desalojados e 67.563 desabrigados. O total de municípios afetados chega a 428.

O Instituto Nacional de Meteorologia prevê mais chuvas fortes no estado a partir desta sexta 10, com projeção superior a 100 milímetros de precipitação até o domingo 12. As áreas mais atingidas devem ficar entre o centro-norte e o leste do Rio Grande do Sul, incluindo o litoral norte gaúcho e o sul de Santa Catarina.

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