Política

Os alvos da CPMI do 8 de Janeiro nesta semana

Na relação de depoentes está o coronel do Exército que pediu um golpe ao braço direito de Jair Bolsonaro em 2022

O coronel Jean Lawand Junior, então subchefe do Estado Maior do Exército presta continência para Braga Netto. Foto: Divulgação/Exército Brasileiro
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A CPMI do 8 de Janeiro tem duas sessões agendadas para os próximos dias, a fim de ouvir o coronel Jean Lawand Júnior, ex-subchefe do Estado-Maior do Exército, e o coronel Jorge Eduardo Naime, ex-chefe do Departamento Operacional da Polícia Militar do Distrito Federal.

O nome de Lawand ganhou o noticiário após virem à tona as mensagens de caráter golpista trocadas em 2022 com o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL). Ele prestará depoimento na terça-feira 27.

“CID, pelo amor de Deus, o homem [Bolsonaro] tem que dar a ordem”, suplicou Lawand em 10 de dezembro. O mesmo pedido já havia sido feito pelo militar, em áudio, nove dias antes. Naquela ocasião, Cid respondeu que o então presidente não “daria a ordem” por não confiar no ACE, uma alusão ao Alto Comando do Exército.

A defesa do militar do Exército acionou o Supremo Tribunal Federal e tenta garantir a possibilidade de ele ficar em silêncio na oitiva.

“Considerando as declarações de alguns membros da CPMI veiculadas na mídia, bem como a própria natureza política das comissões parlamentares, é possível que ocorram situações constrangedoras durante a oitiva do Cel Lawand, como testemunha, e que possam comprometer seu direito ao silêncio e a não incriminação”, diz um trecho do pedido. 

Já o coronel Jorge Eduardo Naime, ex-comandante do Departamento de Operações da Polícia Militar do Distrito Federal, foi preso preventivamente por suspeita de envolvimento nos atos golpistas de 8 de Janeiro. Ele será ouvido pela CPMI nesta segunda 26.

Em maio, o ministro do STF Alexandre de Moraes seguiu uma recomendação da Procuradoria-Geral da República e manteve a prisão do coronel.

“Neste momento, eventual soltura do coronel poderia representar riscos às investigações”, argumentou o procurador Carlos Frederico Santos.

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