Política

O que anima (e o que aflige) a campanha de Lula na reta final da eleição

As avaliações no PT sobre o resultado final misturam otimismo e preocupação com a possibilidade de uma virada por Bolsonaro

Foto: Ricardo Stuckert
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A 10 dias do segundo turno entre o ex-presidente Lula (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL), as avaliações de petistas sobre o resultado final misturam otimismo e preocupação.

Não há desespero na campanha presidencial do partido, até porque os principais institutos de pesquisas do País apontam a liderança de Lula, mas foi aceso um sinal de alerta entre os integrantes da legenda com os resultados dos últimos levantamentos.

No Datafolha, por exemplo, o petista aparece com 4 pontos percentuais à frente do ex-capitão. O número se assemelha às pesquisas PoderData, Ideia, e Atlas. Em outros levantamentos, como o do Ipec e CNT/MDA, a vantagem do ex-presidente é um pouco maior.

CartaCapital conversou com integrantes do partido e pessoas próximas à campanha de Lula nos últimos dias sobre a reta final da eleição e as análises variaram entre aflição com uma virada de Bolsonaro e tranquilidade com o pouco tempo que resta até o dia 30 de outubro.

Moram aí algumas divergências: a primeira é que a massiva disseminação de fake news por parte dos bolsonaristas nas últimas semanas tem minado a capacidade de Lula ampliar a vantagem. A outra é que nem os programas sociais turbinados por Bolsonaro foram capazes de, até agora, tirar a liderança do seu adversário.

Os defensores da segunda posição lembram que, desde que o ex-presidente recuperou os seus direitos políticos, em abril de 2021, ele lidera todas as pesquisas de maior credibilidade. Para essa ala, os resultados mostram a estabilidade de um cenário favorável a Lula.

Por outro lado, há quem considere que houve uma subestimação dos efeitos eleitorais das benesses temporárias do governo federal. Antes do início oficial da campanha, a avaliação majoritária no PT era que o possível crescimento de Bolsonaro não seria suficiente para reelegê-lo.

Nesta quinta-feira 20, Lula chegou a declarar que é impossível Bolsonaro tirar a diferença em pouco mais de uma semana. “A eleição está muito parelha, muito disputada, [mas] tem muita gente definida e fica cada vez mais apertado o número de pessoas que a gente tem que convencer a votar”, afirmou. “Estou certo que vamos ganhar as eleições.”

À reportagem, um interlocutor disse que é improvável uma virada, mas não impossível. “Em 10 dias, dá para tirar muito voto. Bolsonaro tirou 5% em um dia no primeiro turno.”

O objetivo, agora, é ampliar a vantagem que Lula tem no Nordeste e em Minas Gerais, além de diminuir a diferença em São Paulo e no Rio. O foco do petista está no Sudeste nesta reta final, conforme noticiou CartaCapital.

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