Política

Moro diz que Lula ‘sinaliza apoio às invasões de terra’, em resposta a discurso do petista no MST

Ex-presidente havia dito que o juiz da Lava Jato aprendeu ‘mal e porcamente’ a ler o Código Penal

Lula e Sergio Moro. Fotos: Miguel Schincariol/AFP e Evaristo Sá/AFP
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O pré-candidato à Presidência pelo partido Podemos, Sergio Moro, afirmou que o adversário Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sinaliza apoio à prática de invasão de terras, em resposta ao discurso do petista em evento organizado pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, o MST, em Londrina, no Paraná.

“Lula sinaliza apoio à retomada das invasões de terra e aproveita a oportunidade para me ofender, omitindo o roubo à Petrobras. Defenderei não só a propriedade privada, mas também a pública contra os assaltos do PT e seus parceiros”, declarou Moro no Twitter, neste domingo 20.

Na sequência, Moro escreveu que “ao invés de estimular a invasão de terras e conflitos entre brasileiros, precisamos discutir como melhorar a vida de milhões de pessoas, vítimas da inflação, da fome e do desemprego em nosso país”.

No sábado 19, Lula havia acusado Moro de ter agido como “mentiroso” na posição de juiz da Operação Lava Jato. O petista disse também que o ex-magistrado “mal e porcamente aprendeu a ler o Código Penal”.

“Ele é um juiz cego, mentiroso, arrogante, que não merece o diploma que teve”, atacou. “O que é que ele entende de povo? O que é que ele entende de pobreza? O que é que ele entende do mundo do trabalho? O que é que ele entende da exploração do povo? Nada.”

Nas duas pesquisas eleitorais mais recentes, o ex-juiz apareceu com cerca de 7% dos votos, na disputa pela 3ª colocação com Ciro Gomes (PDT), enquanto o petista supera os 40%.

Moro é alvo de ação no TCU

Na última semana, Moro voltou a se tornar alvo de representação pelo Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União, por possíveis prejuízos de sua atuação na Lava Jato ao País.

O subprocurador Lucas Rocha Furtado quer que o TCU apure eventuais impactos financeiros de decisões de Moro que tenham sido, posteriormente, anuladas em outras instâncias judiciais.

Em resposta, Moro acusou Furtado de agir com “sanha” e de querer “inverter o papel da Justiça no País, atribuindo a um único juiz responsabilidade por prejuízos provocados pela ação de delitos cometidos por réus condenados por corrupção em duas instâncias, levando em conta anulações de sentenças que não inocentam ninguém”.

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