Política

Lula pede ‘esforço nas redes’ para vencer no 1º turno: ‘Precisamos de quem fica agarrado no celular’

Gleisi Hoffmann e Márcio França ecoaram campanha de busca pelo voto útil: ‘Falta só 2% ou 3%. É um pouquinho’

Foto: Reprodução
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O ex-presidente Lula (PT) voltou a sinalizar que o foco prioritário de sua campanha neste momento é vencer no primeiro turno. Há cerca de duas semanas, o petista tem vislumbrado chances de conquistar novos eleitores a partir do chamado ‘voto útil’ contra Jair Bolsonaro (PL) e assim sacramentar sua vitória sem a necessidade de uma segunda etapa no pleito.

Pesquisas recentes indicam que sua candidatura estaria no limite da margem de erro para vencer a disputa já no dia 2 de outubro.

O novo aceno foi feito em evento com integrantes de cooperativas brasileiras em São Paulo nesta quarta-feira 14. “Até o dia 2 de outubro, se Deus quiser”, enfatizou Lula durante sua declaração de despedida no palco. “É o dia de rir ou de chorar. Eu como sou chorão, vou rir e vou chorar de alegria ao mesmo tempo, porque vocês vão ganhar as eleições no dia 2 de outubro”, disse, repetindo a data.

Antes, porém, o ex-presidente fez questão de deixar claro que, apesar de vislumbrar a vitória na primeira etapa do pleito, é preciso ‘um esforço’ para atrair novos eleitores. Ele tem apostado no chamado ‘voto útil’ contra Bolsonaro com a intenção de atrair eleitores de Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB) que são opositores ferrenhos ao ex-capitão. Nesta quarta foi além e focou em pedir ‘ajuda’ dos seus apoiadores para convencer ainda não escolheu seu candidato:

“Só temos 18 dias e quase 20% da população que na pesquisa vão se abster”, destacou Lula. “Então, nós precisamos muito de quem fica agarrado o dia todo no celular, no zap, fazendo tuíte e no TikTok…é utilizar essa ferramenta para gente conversar com as pessoas indecisas nesse país e mostrar a responsabilidade de mudar”, pediu em seguida.

A atuação, conforme defendeu, será uma resposta ao chamado gabinete do ódio e às milícias digitais, grupos ligados ao bolsonarismo responsáveis por produzir e disseminar mentiras e notícias falsas nestas eleições.

“É um trabalho de militância… ‘ah ele tem robô’…nós não queremos robôs, nós temos gente, homens e mulheres”, destacou o petista. “Não somos algoritmos, somos humanos, temos sentimento, solidariedade e fraternidade. É esse amor que temos que passar, que os robôs deles não passam”, completou logo em seguida.

Gleisi Hoffmann, presidenta do PT e deputada federal, já havia feito pedido semelhante. Em seu discurso cobrou ‘foco nos 18 dias’. “Faltam 2% ou 3%. Falta pouquinho para o primeiro turno”, disse. Discurso parecido fez Márcio França (PSB), que disputa uma cadeira no Senado por SP. Segundo defendeu o político, ‘se cada um ganhar um voto por dia, dá para vencer no primeiro turno’.

No evento, Lula ainda fez uma série de promessas, como mudar a legislação para facilitar as cooperativas no Brasil. Destacou ainda que aposta nos grupos para promover uma retomada da criação de empregos no País e garantiu que irá usar o BNDES para que o Estado apoie financeiramente a organização desta atividade econômica. ‘Em troca’, Lula pediu apoio para desenvolver políticas que possam ‘reconstruir o País’ destruído pela atual gestão.

“Se preparem, não pense que vão fazer uma pauta de reivindicações e entregar. Vocês sabem que estamos piores que em 2003. Parece que passou uma praga de gafanhoto e destruiu tudo o que fizemos na área social. Então vamos ter que reconstruir tudo, inclusive as relações com as instituições brasileiras”, disse o ex-presidente.

O petista ainda tornou a tratar da criação ou recriação de ministérios, como da mulher, dos povos originários, da segurança pública e da cultura, além de uma pasta focada na relação com micro e pequenos empresários. Em um eventual novo mandato, disse, focará em pastas que ‘custem pouco, mas funcionem muito’.

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