Política

Lula cometerá um erro se trocar uma ministra evangélica por um bolsonarista, diz Waguinho

O prefeito de Belford Roxo, marido de Daniela Carneiro, também fez críticas a Celso Sabino, cotado para o Turismo

André Ceciliano, Lula, Daniela e Waguinho: apoio em Belford Roxo — Foto: Divulgação
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O prefeito de Belford Roxo (RJ), Waguinho (Republicanos), afirmou nesta segunda-feira 12 que a possível demissão de sua esposa, a ministra do Turismo, Daniela Carneiro (União-RJ), seria “muito ruim”.

Nomeada por Lula após ser uma peça importante na construção de apoio ao petista na Baixada Fluminense no segundo turno, Daniela está em vias de deixar o União e se filiar a outra legenda – possivelmente o Republicanos, embora seu presidente, Marcos Pereira, negue a intenção de compor a base do governo.

O mais cotado a ganhar a vaga de Daniela é o deputado Celso Sabino (União-PA), próximo ao presidente da sigla, Luciano Bivar, e ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Parlamentares do União já deixam circular sinais de que veem com bons olhos a possível troca, encarada como um “voto de confiança” ao partido.

“É muito ruim trocar uma mulher, evangélica e mais votada no Rio de Janeiro, que defendeu Lula num estado bolsonarista. Pior é colocar um homem – e ainda por cima bolsonarista – no lugar. Esta troca não está certa”, disse Waguinho à GloboNews.

O prefeito afirmou ainda que ele e Daniela pagaram “um preço muito caro” por apoiar Lula em um “território totalmente bolsonarista”.

Waguinho criticou a articulação política do governo, sob o argumento de que “parece haver uma guerra interna”. Ele direcionou as principais contestações, porém, à conduta do União Brasil e de Sabino para alterar o controle do Turismo.

“Sabino fez de tudo para ganhar a Integração Nacional, as Comunicações, mas não quis bater de frente com o Juscelino [Filho, ministro], Elmar [Nascimento, deputado] e o Davi Alcolumbre [senador]. Agora partiu para dentro da Daniela. Covarde, machista. Ele esqueceu que ela tem marido. Não enxergo mulher como cota, mas como prioridade.”

Nesta segunda, o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), afirmou ter “uma lógica” a cobrança do União Brasil por uma troca no Ministério do Turismo.

“Não estou defendendo que ela saia. Mas, na medida em que confirmar que ela pediu para sair do partido, é óbvio que o partido vai dizer ‘era nossa representação, não é mais’”, avalia o petista.

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