Justiça

Kassio Nunes pede vista e interrompe julgamento no STF sobre a prisão de Allan dos Santos

A Corte tem cinco votos para rejeitar um pedido de revogação da ordem de prisão do blogueiro bolsonarista

Kassio Nunes pede vista e interrompe julgamento no STF sobre a prisão de Allan dos Santos
Kassio Nunes pede vista e interrompe julgamento no STF sobre a prisão de Allan dos Santos
O ministro Kassio Nunes Marques, do STF. Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado
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O ministro Kassio Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal, pediu vista – mais tempo para análise – e adiou a conclusão do julgamento de um recurso da defesa do blogueiro bolsonarista Allan dos Santos.

Até aqui, cinco ministros já votaram contra a tentativa de revogar a ordem de prisão do blogueiro: Edson Fachin (o relator), Gilmar Mendes, Cármen Lúcia, Rosa Weber e Ricardo Lewandowski. Alexandre de Moraes se declarou impedido. Não há qualquer voto favorável à demanda de Allan dos Santos.

O julgamento no plenário virtual, por meio do qual os ministros inserem seus votos no sistema eletrônico da Corte sem a necessidade de uma sessão presencial, se encerraria nesta sexta-feira 6. Com o pedido de vista de Kassio Nunes, porém, a análise não tem data para terminar.

A determinação pela prisão de Allan partiu de Moraes, em outubro do ano passado. O magistrado argumentou que o blogueiro cometeu crimes de ameaça, ataques contra a honra e incitação à prática de crime, assim como a participação em organização criminosa.

O apoiador de Jair Bolsonaro, no entanto, segue nos Estados Unidos e, mesmo após ordem do ministro do STF para o governo brasileiro solicitar a extradição, o processo não foi concluído. Em março, Moraes cobrou informações do Ministério da Justiça a respeito da extradição.

O blogueiro é investigado em dois inquéritos: o de fake news e o das milícias digitais. Na internet, foi banido do Twitter, do Facebook e do YouTube e teve o blog Terça Livre encerrado.

Mesmo foragido e com a maioria de seus canais de divulgação bloqueados, Allan continuou a divulgar mensagens ofensivas aos ministros via Telegram, o aplicativo preferido dos bolsonaristas.

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