Política

Jamais voltaria à política se fosse nomeado ao STF, diz Dino

O Ministro da Justiça também descartou a possibilidade de não aceitar a vaga, caso seja indicado pelo presidente

O ministro da Justiça, Flávio Dino, durante audiência no Senado. Foto: Pedro França/Agência Senado
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Favorito para assumir a vaga deixada pela ministra Rosa Weber na Suprema Corte, o ministro da Justiça, Flávio Dino, afirmou que se o presidente Lula (PT) o indicar, ele “jamais” voltaria à política.

“Se um dia, talvez, eu fosse para o Supremo e pensasse em retornar à política, haveria uma premissa de que eu usaria a toga para ganhar popularidade”, disse Dino, em entrevista ao jornal O Globo publicada neste sábado 30. 

“Isso eu não farei, ou faria. Jamais. Seria uma decisão definitiva. Ou será, sei lá”, emendou. 

Além do atual ministro da Justiça, entre os favoritos para o cargo estão: o advogado-geral da União, Jorge Messias, e o presidente do Tribunal de Contas da União, Bruno Dantas

Eles estiveram lado a lado na cerimônia de posse do ministro Barroso, após a aposentadoria da ministra Rosa Weber. 

Os holofotes mirados em Dino para o posto têm movimentado possíveis apoiadores e parlamentares contrários, até na oposição. 

O presidente do PL, Valdemar da Costa Neto, por exemplo, afirmou que a bancada do partido poderá votar favoravelmente à indicação do ministro.

Afinal, se indicado por Lula, Dino ainda terá de passar pelo rito tradicional do cargo. A sabatina na Comissão de Constituição e Justiça do Senado e depois ser aprovado por maioria pelo plenário da Casa.

Esta não é a primeira vez que o ministro demonstra satisfação sobre a possibilidade de ser ministro do Supremo, a instância mais alta do poder brasileiro. Dino já mencionou ser um convite honroso e ao mesmo tempo que Lula precisa de tempo para “amadurecer uma decisão”. 

Diante da pressão de movimentos sociais, parlamentares e ministros do governo pela indicação da primeira jurista negra em um século de STF, Lula afirmou que raça e gênero não seriam critérios, e Dino ressaltou o dito pelo presidente. 

Na nova declaração ao jornal, o ministro afirmou que não negaria um eventual convite pois, aceitar a incitação seria “quase um dever funcional” e “inerente” à sua atual função. 

“Se o presidente da República convida, é muito difícil dizer não. Vou estar desdenhando do STF, é descabido”, e ainda ressaltou que Lula “sequer insinuou” falar com ele sobre a vaga no Supremo. Apenas que foi consultado sobre a sucessão na Procuradoria-Geral da República, vaga aberta com a saída de Augusto Aras.

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