Política

Heleno diz que Abin monitorou ‘maus brasileiros’ em Conferência do Clima

General diz que há ‘visão míope’ sobre inteligência de governo, mas presença de agentes é inédita em evento do gênero

General Augusto Heleno (Foto: Carolina Antunes/PR)
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O general Augusto Heleno, ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência, publicou nas redes sociais que a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) monitorou o que ele chama de “maus brasileiros” na 25ª Conferência do Clima (COP) da Organização das Nações Unidas, ocorrida em 2019.

A manifestação do general vem após a repercussão de uma matéria do jornal O Estado de S. Paulo, que revelou que os agentes estiveram presentes para monitorar e relatar menções negativas à política ambientalista do governo de Jair Bolsonaro – alvo de críticas ao redor do mundo pelos índices crescentes de desmatamento e queimadas.

A reportagem do Estadão apurou que esta foi a primeira vez que a Abin frequentou o evento. Segundo relatos dados ao jornal, ambientalistas sentiram-se intimidados pela presença dos agentes em eventos.

Para Heleno, há uma “visão míope” sobre inteligência de Estado. Ele defendeu que a Abin tem competência legal para estar presente em eventos do gênero, e que divulgou em seu site que uma delegação de investigadores iria à Madrid. A nota, porém, só foi publicada depois da COP-25.

“Deplorável a visão míope de alguns sobre Inteligência de Estado. Temas estratégicos devem ser acompanhados por servidores qualificados, sobretudo quando envolvem campanhas internacionais sórdidas e mentirosas, apoiadas por maus brasileiros, com objetivo de prejudicar o Brasil”.

“A Abin é instituição de Estado e continuará cumprindo seu dever em eventos, no Brasil e no exterior.”, concluiu Heleno em suas postagens.

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