Economia

Falta um ministro da Fazenda, diz Jaques Wagner sobre articulação da PEC da Transição

O objetivo da equipe de Lula (PT) era protocolar o texto no Senado na quarta-feira 24, mas adiou para a próxima semana

O senador Jaques Wagner (PT-BA). Foto: Heuler Andrey/AFP
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O senador Jaques Wagner (PT-PA) afirmou nesta quinta-feira 24 que o que falta é “ministro da Fazenda” para destravar as negociações da PEC da Transição no Congresso Nacional.

O objetivo da equipe de Lula (PT) era protocolar o texto no Senado na quarta-feira 24, mas a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, reconheceu que serão necessários mais alguns dias para se chegar a um entendimento.

“Acho que falta mais por enquanto um ministro da Fazenda”, declarou o senador no Centro Cultural Banco do Brasil, em Brasília. “Acho que facilita [a negociação], mas não depende de mim, estou dando uma opinião, quem vai decidir é o presidente da República”.

A jornalistas, Wagner disse ainda que viaja a São Paulo na sexta-feira 25 para conversar pessoalmente com o presidente eleito.

“Vou dar o quadro a ele, ele está refletindo, olhando as coisas”, disse sobre um nome para o Ministério da Fazenda. “Infelizmente ele teve que se calar, ele queria estar aqui”.

Como mostrou CartaCapital, parlamentares do PT já admitem que os obstáculos da PEC vão além das divergências no texto que busca garantir recursos para programas sociais, saúde, educação e investimentos públicos.

Embora o discurso oficial atribua a maior dificuldade de se iniciar a tramitação da Proposta de Emenda à Constituição às discordâncias sobre o período em que o Bolsa Família deve ficar fora do teto de gastos, um deputado petista afirmou que a falta de consenso para a conclusão do texto envolve também a indefinição sobre a composição do governo e a eleição para os comandos da Câmara e do Senado.

“Interesses particulares têm sobressaído aos interesses do País”, disse à reportagem sob a condição de anonimato.

As críticas se dão principalmente aos senadores, que vão analisar a proposta antes dos deputados. Para ser aprovada, a PEC precisa de 308 votos na Câmara e 49 no Senado, em dois turnos.

A ausência de Lula em Brasília nos últimos dias – após participar da COP-27 no Egito e passar por um procedimento na laringe – é apontada por alguns aliados como um dos fatores para o atraso do início da tramitação.

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