Política
Allan dos Santos rebate Fábio Faria e diz não confiar no ministro: ‘Deseja um poodle’
Ambos participaram de um evento evangélico na Flórida, nos Estados Unidos, na última sexta-feira 7, e passaram a trocar farpas publicamente
O blogueiro bolsonarista Allan dos Santos, considerado foragido pela Justiça, rebateu declarações recentes do ministro das Comunicações, Fabio Faria. Ambos participaram de um evento evangélico na Flórida, nos Estados Unidos, na última sexta-feira 7.
“Há pessoas que não compreendem a diferença entre ser um jornalista e um assessor de imprensa. O Fábio Farias é uma delas. Se ele precisa e deseja um poodle para chamar de seu, ao menos reconhece que não sou um pet. Por fim, o Marcelo Odebrecht nunca me apelidou de nada”, escreveu o blogueiro em sua página no Telegram.
“Nem Bolsonaro confia no Mourão e vocês querem que eu confie em Fábio Faria porque ele ‘está no governo’? Isso é piada, né?”, completou.
No último fim de semana, Fabio Faria divulgou uma nota para explicar a presença no evento norte-americano e mencionou os problemas judiciais de Allan dos Santos.
“Fui convidado para discursar num evento de um pastor de uma igreja que eu e minha família frequentamos quando estamos em Orlando. Não havia nenhuma indicação que entre os presentes estaria alguém com problemas com a Justiça brasileira. Sem eu soubesse que ele iria, eu não teria comparecido”, diz o texto.
Allan dos Santos é alvo de um mandado de prisão e extradição expedido pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, em outubro do ano passado. A decisão se deu no âmbito do Inquérito das Milícias Digitais.
No pedido, Moraes escreveu que, “como se vê, a utilização de seu canal nas redes sociais, usado como verdadeiro escudo protetivo para a prática de atividades ilícitas, aliado ao fato de ter se ausentado do território nacional durante as investigações, passando a perpetrar suas condutas criminosas dos Estados Unidos da América, tem conferido a Allan Lopes dos Santos uma verdadeira cláusula de indenidade penal para a manutenção do cometimento dos crimes já indicados pela Polícia Federal, não demonstrando o investigado qualquer restrição em propagar os seus discursos criminosos”.
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