Política
Atacado por bolsonaristas, Dino exige garantias de segurança para participar de comissão na Câmara
Em ofício, o ministro destaca as ofensas feitas a ele pelo presidente da Comissão, deputado Sanderson, do PL
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino enviou um ofício ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP) no qual condiciona sua ida à Comissão de Segurança Pública à garantia de segurança a sua integridade física e moral.
Em ofício encaminhado na segunda-feira 20, o ministro destaca as ofensas feitas a ele pelo presidente da Comissão, deputado Sanderson (PL).
Durante a sessão que aprovou a convocação, o bolsonarista chamou Dino de “despreparado” e acusou o Ministério de estar “aparelhado por gente que não entende nada de segurança pública”.
O ministro ainda foi vítima de ameaças de agressão física por parte de outros parlamentares.
“Eu também iria falar que estou torcendo para encontrá-lo no aeroporto e ele dar dois tapas no meu peito”, disse Gilvan da Federal (PL).
Em sua justificativa, o Ministro ainda cita sua participação em Audiência Pública, no dia 11 de abril de 2023, que precisou ser encerrada emergencialmente, em virtude da desordem que se instalou e agressões generalizadas.
“Destaca-se que as novas agressões, inclusive do Presidente da CSPCCO, mostram um ambiente ainda mais perigoso à minha integridade física e moral, confirmando a justificativa anterior”, diz o ofício.
Com essas justificativas, Dino pediu ao presidente da Câmara uma comissão-geral para responder a todas as convocações.
Dino era aguardado nesta terça-feira 21 para comentar a participação de Luciane Barbosa Farias, esposa de um líder do Comando Vermelho no Amazonas, em reuniões com secretários da Pasta.
Devido ao seu não comparecimento, o presidente da Comissão de Segurança Pública, disse que denunciará Flávio Dino à Procuradoria-Geral da República, para que responda por crime de responsabilidade no Supremo Tribunal Federal (STF).
“Não houve justificativa à comissão”, afirmou Sanderson, destacando que o ofício de Flávio Dino foi enviado outra vez à Presidência da Câmara. “Essa é a terceira vez que o ministro da Justiça comete um crime de responsabilidade”, criticou.
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