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‘Dinheiro bom é dinheiro transformado em obras’, defende Lula em reunião com ministros

A declaração acontece após uma forte reação do chamado ‘mercado’ à fala do presidente sobre a meta fiscal em 2024

Foto: Ricardo Stuckert/PR
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Em meio à discussão sobre a meta fiscal para 2024, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a defender investimentos em infraestrutura e pediu que ministros do governo sejam os “melhores gastadores do dinheiro em obras de interesse do povo brasileiro”. A declaração foi dada na abertura de uma reunião no Palácio do Planalto nesta sexta-feira 3.

O encontro teve o objetivo de promover um balanço das ações de infraestrutura após 10 meses de governo, a exemplo do Novo PAC.

“A gente não pode deixar sobrar dinheiro que está previsto ser investido nos ministérios. A gente precisa colocar, transformar. Eu sempre digo que, para quem está na Fazenda, dinheiro bom é dinheiro no Tesouro”, disse Lula. “Para quem está na Presidência, dinheiro bom é dinheiro transformado em obras“.

Lula afirmou aos ministros que o dinheiro previsto para as pastas deve ser executado. “Se o dinheiro estiver circulando e gerando emprego, é tudo que um político quer e que um presidente deseja”, acrescentou.

O presidente também ponderou que não deseja que os ministros criem novos projetos. A intenção do governo, pontuou, é executar as propostas que já foram estabelecidas neste primeiro ano de governo. “Ninguém precisa inventar nada novo neste país. Está tudo determinado. A gente vai fazer essas obras. A gente tem até 2026 para que a gente execute parte dessas obras”, afirmou.

As declarações acontecem após uma forte reação do chamado “mercado” à fala de Lula sobre a meta fiscal em 2024. Na sexta 27, durante café da manhã com a imprensa, no qual CartaCapital esteve presente, o petista disse considerar ser difícil zerar o rombo nas contas públicas e atribuiu a dificuldade ao que chamou de “ganância do mercado”.

“Eu não vou estabelecer uma meta fiscal que me obrigue a começar o ano fazendo corte de bilhões nas obras que são prioritárias nesse país”, disse o presidente na ocasião.

Lula quer viajar o Brasil para ‘fiscalizar’ obras em 2024

Durante a reunião, o presidente ainda manifestou interesse em vistoriar obras retomadas a partir da sanção da lei que viabiliza a volta das construções focadas em saúde e educação, com base no orçamento do FNDE e do Sistema Único de Saúde.

“Ano que vem, eu quero viajar o Brasil, visitar as obras de infraestrutura, educação, saúde e conversar com o povo sobre o futuro desse país, assumimos o compromisso de tirar o país da letargia que estava antes das eleições, estamos apenas começando”, declarou.

Com a nova regra, o governo espera aplicar quase 4 bilhões de reais na conclusão de 3,5 mil obras em escolas e, assim, abrir 450 mil vagas nas redes públicas de ensino de estados e municípios até 2026. No caso da saúde, são 5 mil obras inacabadas, a maior parte delas de unidades básicas de saúde.

Além de Lula e do vice-presidente Geraldo Alckmin, também participaram da reunião os ministros Rui Costa (Casa Civil), Renan Filho (Transportes), Silvio Costa Filho (Portos e Aeroportos), Alexandre Silveira (Minas e Energia), Juscelino Filho (Comunicação), Waldez Góes (Desenvolvimento Regional), Jader Filho (Cidades) e Paulo Pimenta (Secretaria de Comunicação).

Os secretários Miriam Belchior e Maurício Muniz, da Casa Civil, também estavam presentes.

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