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Brasil se orgulha de sua posição histórica sobre conflito israelo-palestino, diz Mauro Vieira

O líder do Ministérios das Relações Exteriores foi ao Congresso Nacional prestar esclarecimentos sobre a diplomacia brasileira na guerra entre Israel e Hamas

Foto: Pedro França/Agência Senado
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O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, afirmou nesta quinta-feira 14, que a posição do Brasil sobre o conflito em curso entre Israel e a Palestina, continua sendo pela “paz e segurança” entre os dois países. 

A fala do chanceler abre sua participação na audiência da Comissão de Relações Exteriores do Senado a convite do presidente da Comissão, o senador Renan Calheiros (MDB-AL). 

O pedido sucedeu a repercussão da declaração do presidente Lula (PT) sobre o conflito. Em fevereiro, o presidente associou, em entrevista coletiva, os ataques de Israel à Faixa de Gaza ao Holocausto contra os judeus. O governo de Israel reagiu e declarou o presidente persona non grata no país e deu reprimenda ao embaixador brasileiro. 

Questionado pelos parlamentares sobre a proporção do ocorrido, o ministro ressaltou que as “palavras [do presidente] expressam a sinceridade de quem busca preservar e valorizar a vida humana”, e que o País não volta atrás sobre seu posicionamento.

O Brasil se orgulha de sua posição histórica sobre conflito israelo-palestino que respeita o direito internacional, as resoluções do Conselho de Segurança e da Assembleia Geral das Nações Unidas”, afirmou. “Também valorizamos nossa disposição para apoiar e tentar encontrar um caminho de paz naquela região que é tão importante e relevante para os brasileiros”.  

Na sequência, o ministro enfatizou que a dificuldade estabelecida por Israel para entrada de ajuda humanitária em Gaza extrapola o limite de resposta do país. 

“É preciso condenar e repudiar a atrocidade do ataque terrorista sofrido por Israel no dia 7 de outubro. Sim, Israel tem o direito de defender sua população, mas isso tem que ser feito dentro de regras do direito internacional”, disse Vieira. 

“A cada dia que passa, no entanto, resta claro que a reação de Israel tem sido extremamente desproporcional ao ataque sofrido e não tem como alvo somente aqueles responsáveis pelo ataque, mas todo o povo palestino”, completou o ministro. 

Durante seu discurso, o ministro também fez um balanço das ações do governo brasileiro no conflito, como a repatriação de 1560 brasileiros que estavam em Gaza.  

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