Política

Bolsonaro diz que não comparou Michelle a Janja em 7 de setembro: ‘falei de todas as primeiras-damas’

Bolsonaro argumentou que não citou o nome da mulher de seu principal adversário na corrida ao Palácio do Planalto

Michelle Bolsonaro e Jair Bolsonaro no 7 de Setembro. Foto: Evaristo Sá/AFP
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O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira que não se referiu especificamente à socióloga Rosângela Silva, mulher do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), conhecida como Janja, ao pedir em seu discurso durante os atos de 7 de setembro que as pessoas comparassem as primeiras-damas. O chefe do Executivo argumentou que não citou o nome da mulher de seu principal adversário na corrida ao Palácio do Planalto.

Bolsonaro foi questionado sobre a declaração, dada nesta quarta-feira, durante sabatina realizada pelo “Correio Braziliense“. Ele disse que não se referiu exclusivamente a Janja, mas a todas as primeiras-damas, e citou Fernando Henrique Cardoso.

— Primeira coisa, não falei o nome da Janja. Falei: “compare com as outras primeiras-damas”. Temos 27 primeiras-damas nos estados do Brasil. E temos 5.700 municípios. Não conheço as outras, não vou falar que a Michelle é melhor que todas elas, mas façam comparações com as outras primeiras-damas outras. A que foi a do Lula, do Fernando Henrique, comparem. Nada mais além disso aí — afirmou Bolsonaro.

Em seu discurso na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, depois de participar do desfile cívico-militar em comemoração do bicentenário da Independência, o presidente conclamou os apoiadores a traçarem o paralelo:

― Podemos fazer várias comparações, até entre as primeiras-damas. Não há o que discutir. (Michelle é) uma mulher de Deus, da família e ativa na minha vida. Não é ao meu lado, não, às vezes ela está na minha frente. Eu falo aos homens solteiros: procurem uma mulher, uma princesa, se case com ela para serem mais felizes ainda — disse o presidente, que depois puxou para si o coro de “imbrochável”.

Bolsonaro enfrenta forte rejeição junto ao eleitorado feminino, de mais da metade dele: 55%, de acordo com o Datafolha, contra 35%.

Além disso, Bolsonaro protagonizou dois episódios de cunha machista nas últimas semanas. No debate da Band, ele não gostou de uma pergunta feita pela jornalista Vera Magalhães, colunista do GLOBO, e afirmou que ela é uma “vergonha para o jornalismo brasileiro”.

Na terça-feira, ele discutiu com a jornalista Amanda Klein, da Jovem Pan, ao ser questionado sobre a suspeita de que ele e seus familiares compraram imóveis com dinheiro vivo, afirmando que ela havia sido “leviana” e que o marido da jornalista votou nele, Bolsonaro.

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