Política

Bolsonaro promete colocar ‘ponto final em abusos’ e insiste: ‘Venceremos no 1º turno’

‘Havendo a reeleição, todos, sem exceção, jogarão dentro das quatro linhas da Constituição’, repetiu o ex-capitão em Divinópolis (MG)

Foto: Reprodução
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O presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, voltou a fazer ameaças às instituições nesta sexta-feira 23, durante comício em Divinópolis (MG). Sem qualquer evidência, também repetiu a alegação de que vencerá o pleito no primeiro turno, embora apareça atrás de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas pesquisas de intenção de voto.

Lula tem 50% dos votos válidos e pode vencer a eleição no primeiro turno, segundo uma pesquisa Datafolha divulgada na última quinta-feira 22. Na comparação com o levantamento anterior, da semana passada, o petista oscilou dois pontos para cima.

Considerando a margem de erro, Lula tem entre 48% e 52%. Para triunfar na primeira rodada, ele tem de obter mais de metade dos votos válidos, excluindo nulos e brancos. Bolsonaro, por sua vez, anota 35%, um ponto a menos que na pesquisa passada.

“Somos a maioria. Nós venceremos em primeiro turno. Não existe eleição sem povo nas ruas. A gente não vê nenhum dos outros candidatos fazendo um comício sequer que se aproxime a 10% do povo que tem aqui”, supôs o ex-capitão. Como de praxe, ele omitiu comícios de Lula que levaram multidões às ruas, como o de Curitiba (PR), no sábado passado.

Bolsonaro também tornou a afirmar que seu governo “sempre jogou dentro das quatro linhas da Constituição” e mandou um novo recado ao Judiciário, alvo constante de seus ataques. Ao longo dos últimos meses, ele reforçou a ofensiva contra o Tribunal Superior Eleitoral e o Supremo Tribunal Federal.

“Em havendo a reeleição, todos, sem exceção, jogarão dentro das quatro linhas da Constituição”, prosseguiu o presidente nesta sexta. “O Brasil é um país livre. Vocês sabem que vocês estão tendo cada dia mais a sua liberdade ameaçada por outro Poder, que não é o Poder Executivo. E nós sabemos que devemos botar um ponto final nesse abuso que existe por parte de outro Poder.”

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