Política

A vantagem de votos que Lula terá sobre Bolsonaro em Minas, segundo cálculos do PT

O estado é o segundo maior colégio eleitoral do País e é visto como estratégico para a eleição nacional. Desde 1989, o presidente eleito é o que leva mais votos dos mineiros

Fotos: Ricardo Stuckert e Evaristo Sá/AFP
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O PT acredita que o ex-presidente Lula pode ter até três milhões de votos a mais do que o presidente Jair Bolsonaro (PL) em Minas Gerais. A conta foi feita por um dos coordenadores da campanha do petista, o deputado federal Reginaldo Lopes, em entrevista a CartaCapital.

No estado, de acordo com pesquisa Quaest divulgada em maio, Lula lidera a corrida eleitoral com 44% das intenções de voto. Bolsonaro aparece com 28%. No segundo turno, mostra o levantamento, o petista teria 54% contra 32% do ex-capitão, uma diferença de 22 pontos percentuais.

“Caminhamos para ter dois votos de cada três no estado”, afirmou Lopes na quarta-feira 1. “Acreditamos em uma vantagem de 2 milhões e 500 mil votos, podendo chegar a 3 milhões de votos a mais para Lula”.

Em Minas, PT e PSD fecharam uma aliança em torno da pré-candidatura de Alexandre Kalil (PSD), ex-prefeito de Belo Horizonte. O acordo foi selado após superadas, além das divergências sobre o nome que disputaria a vaga no Senado pela chapa, as resistências que Lula e os petistas enfrentavam de parte dos integrantes do partido presidido por Gilberto Kassab.

Levantamento também da Quaest mostra que o atual governador, Romeu Zema (Novo), lidera a disputa no estado. No entanto, Kalil, quando apoiado por Lula, supera o adversário ao alcançar 43% das intenções de voto contra 22% do candidato à reeleição.

“O melhor cabo eleitoral em Minas neste momento é o ex-presidente Lula. Seu apoio faz com que 30% dos eleitores mudem de voto. Bolsonaro pode promover a mudança de 18% dos eleitores”,  escreveu Felipe Nunes, cientista político e diretor da Quaest.

No estado, Bolsonaro ainda busca um palanque que lhe dê melhores condições para a reeleição. O presidente pode apoiar o senador Carlos Viana (PL) ou tentar um acordo com Zema. O atual governador, por ora, descarta a aproximação.

“Eles [os bolsonaristas] estão perdidos. O palanque do bolsonarismo não tem lugar aqui”, disse Lopes à reportagem. “E não é por falta de desejo do Bolsonaro, do Zema e do Carlos Viana e sim pelo fato do Lula ser o maior cabo eleitoral”.

Minas, que é o segundo maior colégio eleitoral do País, é vista como estratégica para a eleição nacional. Desde 1989, o presidente eleito é o que leva mais votos no estado.

Assista a entrevista de Lopes no programa Direto da Redação, no canal de CartaCapital no Youtube:

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