Política

A estratégia final de Lula para vencer no 1º turno e o plano para um eventual 2º

Campanha reforça apelo pelo comparecimento às urnas e vê caminho certo em evitar a queda da rejeição a Bolsonaro

Lula durante o debate da Globo. Foto: Ricardo Stuckert
Apoie Siga-nos no

A 1 dia da eleição, a campanha do ex-presidente Lula (PT) intensificou o discurso em defesa do comparecimento às urnas para que o petista alcance o número de votos suficientes para vencer o pleito já no primeiro turno.

As primeiras pesquisas divulgadas neste sábado 1 apontam que o ex-presidente está no limite do feito até então inédito para o PT. O levantamento do Ipespe coloca o petista com 49% dos votos válidos. No da CNT/MDA, Lula chegou aos 48,3% dos válidos.

Nas últimas horas, o candidato e o seu partido, nas redes sociais, publicaram vídeos que incentivam a ida dos eleitores à cabine de votação. A campanha do petista quer evitar um alto índice de abstenção, que pode comprometer uma possível vitória já no domingo 2.

Além dos conteúdos oficiais, o PT conta com apoio de entidades ligadas ao partido, como a Central Única dos Trabalhadores (CUT) que produziu e distribuiu diariamente, principalmente no WhatsApp, vídeos com críticas ao presidente Jair Bolsonaro (PL) e em defesa de Lula. No último deles, que CartaCapital teve acesso, além de pedir voto no petista, a peça lembra que 700 mil pessoas, vítimas da Covid-19 no País, não poderão escolher um candidato.

Uma das avaliações da campanha, apurou a reportagem, é que a estratégia de comunicação foi bem sucedida, principalmente porque evitou que a rejeição a Bolsonaro diminuísse. Nas pesquisas dos principais institutos do País, a taxa do ex-capitão varia de 46% a 55% de eleitores que dizem não votar de jeito nenhum nele.

Em um eventual segundo turno, a comunicação do petista terá no fator rejeição a Bolsonaro a sua prioridade. Não foi por outro motivo que, na reta final da eleição, a campanha de Lula deixou de explorar nas propagandas somente o legado social dos governos do PT e passou a atacar o seu principal adversário.

Um exemplo foi a divulgação de um vídeo que resgatou a trajetória militar de Bolsonaro, a atuação como deputado federal, as declarações machistas, os casos de corrupção e a sua gestão na presidência. A peça, produzida para o horário eleitoral gratuito, foi a primeira do petista a viralizar nas redes sociais.

A mudança também foi percebida na reação de Lula no debate da TV Globo na última quinta-feira 29, quando rebateu as acusações de corrupção, bem diferente da postura no embate da TV Bandeirantes no mês passado.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Um minuto, por favor…

O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.

Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.

Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.

Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.

Assine a edição semanal da revista;

Ou contribua, com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo