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Os 6 detidos pelo assassinato de candidato à Presidência do Equador são colombianos, diz polícia

Inicialmente, o ministro do Interior, Juan Zapata, havia informado à imprensa apenas que os detidos eram estrangeiros

Apoiadores de Fernando Villavicencio protestam contra o assassinato do presidenciável em Quito. Foto: Rodrigo Buendia/AFP
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Os seis detidos pelo assassinato do candidato à Presidência do Equador Fernando Villavicencio são colombianos, assim como um suposto agressor que morreu na noite da quarta-feira 9 após uma troca de tiros com as forças de segurança.

“Todos, incluindo o falecido, são colombianos”, informou a polícia, consultada pela agência AFP. Anteriormente, o ministro do Interior, Juan Zapata, só havia informado à imprensa que os detidos eram estrangeiros.

Durante a captura e as buscas, a polícia encontrou um fuzil, uma submetralhadora, quatro pistolas, três granadas, dois carregadores de fuzil, quatro caixas de munição, duas motocicletas e um veículo reportado como roubado.

Villavicencio aparecia como o segundo colocado nas intenções de voto para as eleições gerais antecipadas de 20 de agosto, segundo uma pesquisa. Ele foi assassinado a tiros na noite de quarta, em Quito, ao fim de um comício. No início do mês, havia denunciado ameaças contra ele e sua equipe de campanha.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, condenou “energicamente” o assassinato, definido como uma “grave ameaça à democracia”.

Guterres também disse que a ONU continuará a ajudar as autoridades equatorianas a enfrentar a violência, “com o pleno respeito aos princípios e padrões internacionais em termos de direitos humanos”.

O presidente Guillermo Lasso decretou nesta quinta estado de exceção no país e culpou o crime organizado pelo assassinato. Ele anunciou que o FBI, a polícia federal americana, apoiará o Equador nas investigações.

Também nesta quinta, a facção criminosa Los Lobos reivindicou o ataque. Em um vídeo que circula nas redes sociais, dezenas de homens encapuzados e fortemente armados assumem a autoria do crime.

“Toda vez que políticos corruptos não cumprirem suas promessas quando receberem nosso dinheiro – que é de milhões de dólares – para financiar sua campanha, serão dispensados. Você também, Jan Topic, mantenha sua palavra. Se você não cumprir suas promessas, será o próximo”, afirmaram, mencionando outro candidato na disputa eleitoral.

Localizado entre Colômbia e Peru – os principais produtores mundiais de cocaína -, o Equador apreendeu em 2021 o recorde anual de 210 toneladas de drogas. No ano seguinte, foram 201 toneladas. E entre janeiro e julho de 2023, já foram confiscadas 122 toneladas.

(Com informações da AFP)

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