Mundo
Los Lobos: Facção criminosa assume autoria do assassinato do candidato à Presidência no Equador
Grupo criminoso reivindica, em vídeo, a morte de Fernando Villavicencio; eles acusam o presidenciável de não ter cumprido acordos firmados em troca de dinheiro para a campanha
A facção criminosa Los Lobos reivindicou, nesta quinta-feira 10, o ataque que levou a morte de Fernando Villavicencio, candidato à presidência no Equador.
Na noite de ontem, Villavicencio foi assassinado após sair de um encontro político na cidade de Quito. O presidenciável chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos.
Em um vídeo que circula nas redes sociais, dezenas de homens encapuzados e fortemente armados assumem a autoria do crime contra a vida de Villavicencio e afirmam pertencer a facção Los Lobos. O grupo em questão é a segunda maior organização criminosa atuante no país.
Los “Los Lobos” reivindican el asesinato de Fernando Villavicenciopic.twitter.com/N2IsCEyMxV
— La Razón (@larazon_es) August 10, 2023
Na gravação, os membros da facção também ameaçam outros políticos, como o presidenciável Jan Topic.
“Toda vez que políticos corruptos não cumprirem suas promessas quando receberem nosso dinheiro – que é milhões de dólares – para financiar sua campanha, serão dispensados. Você também, Jan Topic, mantenha sua palavra. Se você não cumprir suas promessas, será o próximo”, afirmam.
Uma das suposições que cercam a afirmação do “não cumprimento da palavra” é de que, durante a campanha para presidente, Fernando Villavicencio condenou a ação de facções no país e disse que, se eleito, faria ações de repressão ao crime organizado.
Embora a facção Los Lobos reivindique a morte, as autoridades do equador ainda não vinculam oficialmente o assassinato ao grupo. Na semana anterior, Villavicencio havia notificado a polícia após ter recebido ameaças da facção Los Choneros.
Na noite de ontem, seis pessoas suspeitas de envolvimento no assassinato de Villavicencio foram presas e uma pessoa morreu durante troca de tiros com a polícia. Apesar do atentado, a eleição equatoriana será mantida para o dia 20 de agosto.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Os Brasis divididos pelo bolsonarismo vivem, pensam e se informam em universos paralelos. A vitória de Lula nos dá, finalmente, perspectivas de retomada da vida em um país minimamente normal. Essa reconstrução, porém, será difícil e demorada. E seu apoio, leitor, é ainda mais fundamental.
Portanto, se você é daqueles brasileiros que ainda valorizam e acreditam no bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.