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‘Clara divisão de opiniões’, diz Mauro Vieira após veto dos EUA à resolução do Brasil na ONU

Chefe da diplomacia brasileira assegura que ‘fez todo o esforço possível’ para cessar hostilidades na Faixa de Gaza

O chanceler Mauro Vieira representa o Brasil no Conselho de Segurança da ONU. Foto: ANGELA WEISS / AFP
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O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, comentou o veto à proposta do Brasil no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas que previa uma “pausa humanitária” em Gaza. A declaração do chanceler foi concedida logo após o resultado da votação, que contou com o rechaço dos Estados Unidos.

“Infelizmente não foi possível aprovar essa resolução, ficou clara uma divisão de opiniões”, disse Vieira. “Mas acho que, do nosso ponto de vista, fizemos todo o esforço possível para que cessassem as hostilidades e que se parassem com os sacrifícios humanos. E que se pudesse dar algum tipo de assistência às populações locais, aos brasileiros que estão na Faixa de Gaza.”

O Brasil propôs que o fornecimento de itens básicos (alimentação, energia elétrica, água etc.) fosse mantido em Gaza. A proposta recebeu amplo apoio de países do conselho, contando com 12 votos favoráveis. Os Estados Unidos, que têm poder de veto em razão da condição de membro permanente, foram contrários à resolução.

Ao lado do ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, Vieira afirmou que ainda não existe perspectiva de autorização para que os estrangeiros na Faixa de Gaza cruzem a fronteira para o Egito. O grupo – que envolve 30 brasileiros – necessita da passagem para poder ser repatriado.

“Só existe uma fronteira possível, que é entre a Faixa de Gaza e a Península do Sinai, no Egito. [Sobre] a abertura, não há uma perspectiva. Por isso, eu já falei duas vezes com o ministro do Egito pedindo que, não sendo tão numerosos os brasileiros, seja feita da maneira mais rápida, no momento em que for aberta a passagem para todos.”

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