Justiça

Moraes e mais 6: Conheça os ministros do TSE que vão julgar Bolsonaro

O caso em questão analisa a ação que apura a reunião promovida por Bolsonaro com embaixadores em julho de 2022

Jair Bolsonaro e Alexandre de Moraes. Foto: Antonio Augusto/TSE
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O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) se reúne na manhã desta quinta-feira 22 para iniciar o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por abuso de poder político. Ao todo, o caso tem previsão para ser analisado em três sessões da Corte eleitoral.

O caso em questão analisa a ação que apura a reunião promovida por Bolsonaro com embaixadores em julho de 2022. Na agenda, transmitida pela TV Brasil, ele repetiu mentiras sobre o sistema eleitoral e atacou instituições.

A condenação do ex-capitão é dada, pela maior parte dos analistas jurídicos, como certa. O próprio alvo da ação, Jair Bolsonaro, já reconheceu que sua derrota no tribunal é assunto ‘quase unânime’. A declaração foi dada nesta quarta-feira, um dia antes do início do julgamento. Mas, afinal, quem são os sete ministros que, em plenário, decidirão o futuro político do ex-capitão? Abaixo, a lista:

Alexandre de Moraes

Foto: Divulgação/STF

O ministro Alexandre de Moraes é, no atual momento, o presidente do TSE. Ele também ocupa o cargo de ministro do STF, tendo sido indicado por Michel Temer, de quem era ministro da Justiça, para a vaga de Teori Zavascki, morto em um acidente aéreo. Recentemente, Moraes se tornou o principal algoz do bolsonarismo ao atuar em ações que impediram questionamentos do sistema eleitoral e barraram, em certa medida, a concretização de um golpe de estado.

Cármen Lúcia

Ministra Cármen Lúcia. Foto: Nelson Jr./STF

A ministra Carmén Lúcia, que também ocupa cadeira no STF, é vice-presidente do TSE na atual composição. Ela foi indicada por Lula ao cargo na Suprema Corte, em 2006. Já presidiu o STF e liderou o Conselho Nacional de Justiça. A ministra é considerada outro obstáculo para Bolsonaro no julgamento desta quinta.

Kassio Nunes Marques

O ministro Kassio Nunes Marques. Foto: Carlos Moura/STF

Em 2020, Nunes Marques foi o indicado durante a gestão de Jair Bolsonaro ao Supremo Tribunal Federal e é um dos poucos aliados de Jair no TSE, Corte em que é recém-chegado. Apesar da proximidade com o ex-capitão, restam dúvidas sobre qual será a posição do ministro no caso. Há, inclusive, a expectativa por parte de aliados de Bolsonaro de que o ministro peça vistas no processo. Ele, porém, sinalizou que isso não passaria de ‘especulação’. No STF, tem contrariado decisões de Moraes e protagonizado embates com o ministro.

Benedito Gonçalves

MINISTRO BENEDITO GONÇALVES. FOTO: DIVULGAÇÃO/STJ

Atual corregedor-geral do TSE, Benedito Gonçalves é um dos integrantes do Superior Tribunal de Justiça que fazem parte da Justiça Eleitoral. Ele é o relator do caso de Bolsonaro no tribunal e, apesar de não ter apontado seu voto, a tendência é de que pregue a inelegibilidade do ex-capitão. Benedito chegou ao STJ por indicação de Lula em 2008. Ele é um dos vários cotados para o cargo de ministro do STF na vaga que se abrirá com a aposentadoria de Rosa Weber. Recentemente, foi relator da ação que cassou Deltan Dallagnol.

Raul Araújo Filho 

O ministro Raul Araújo, durante sessão do STJ Foto: Lucas Pricken STJ

O ministro também integra a cota de juízes do Superior Tribunal de Justiça com cadeira no TSE. Ele é membro da corte eleitoral desde setembro do ano passado. Raul Araújo é outro indicado de Lula que, atualmente, estão no TSE. Ele foi levado ao STJ em 2010. A tendência, novamente, é que ele vote contra o ex-capitão.

André Ramos

André Ramos Tavares
Foto: Antonio Augusto/Secom/TSE

Outro nomeado por Lula que hoje está na corte eleitoral. Ele ocupa a vaga reservada para advogados e chegou ao posto no lugar de Carlos Horbach. Além de advogado, André Ramos é professor na Universidade de São Paulo. É mais um dos ministros que estariam inclinados a votar contra Bolsonaro.

Floriano de Azevedo Marques

Floriano Marques
Foto: Antonio Augusto/Secom/TSE

Também da cota de advogados, Floriano Marques chegou ao posto para substituir Sérgio Banhos. Ele é professor da USP e também da Fundação Getúlio Vargas, no Rio de Janeiro. Ele chegou ao TSE nomeador por Lula e, novamente, tende a apontar votos contra o ex-capitão.

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