Justiça

Advogada de Bolsonaro assume defesa de Silvinei Vasques e pede soltura do ex-diretor da PRF

O ex-chefe da PRF está preso desde agosto passado, sob a justificativa que pode atrapalhar as investigações dos atos golpistas em 8 de Janeiro

Silvinei Vasques, ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal. Foto: Roque de Sá/Agência Senado
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A advogada Karina Kufa, que atua na defesa do Jair Bolsonaro (PL) em ao menos 50 ações judiciais, passou a responder também pela defesa do ex-diretor geral da Polícia Rodoviária Federal, Silvinei Vasques.

Kufa, que também atende Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e diz ter como clientes cerca de outros 40 deputados federais, ganhou notoriedade no governo do ex-capitão e estava na linha de frente da criação do Aliança pelo Brasil, partido que abrigaria o bolsonarismo e acabou naufragando.

Logo após assumir o caso de Vasques, a advogada voltou a pedir a revogação da prisão junto ao Supremo Tribunal Federal. O ex-chefe da PRF está preso desde agosto passado, sob a justificativa que pode atrapalhar as investigações dos atos golpistas em 8 de Janeiro.

Na solicitação encaminhada ao ministro Alexandre de Moraes, ela menciona “perda considerável de peso e a dificuldade de acesso a alimentação compatível com quadro de saúde”. O pedido inclui ainda o risco à vida do policial como motivos para a soltura.

A solicitação de Kufa também sustenta que Vasques não oferece risco de fuga. Caso o pedido de soltura imediata não seja atendido, a defesa sugere que o ministro Alexandre de Moraes avalie substituir a prisão por medidas cautelares, a exemplo do monitoramento por tornozeleira eletrônica.

Em janeiro, Moraes rejeitou um habeas corpus para relaxar a detenção de Vasques. O ex-diretor da PRF é investigado por suposta interferência da corporação durante as eleições de 2022 a fim de favorecer a campanha à reeleição de Bolsonaro.

Em declarações anteriores, Vasques negou qualquer relação das blitze com a campanha do ex-capitão. Mapas elaborados no Ministério da Justiça e relatos reunidos até aqui pela CPI do 8 de Janeiro, no entanto, contrariam a versão do policial.

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