Justiça

Aborto não deve ser definido pelo Judiciário, mas pelo Congresso, diz Dino em sabatina

O Supremo julga um processo que pode descriminalizar a interrupção voluntária da gestação até a 12ª semana

Aborto não deve ser definido pelo Judiciário, mas pelo Congresso, diz Dino em sabatina
Aborto não deve ser definido pelo Judiciário, mas pelo Congresso, diz Dino em sabatina
Flávio Dino em sabatina no Senado. Foto: Evaristo Sá/AFP
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Indicado pelo presidente Lula (PT) para o Supremo Tribunal Federal, Flávio Dino afirmou respeitar o voto de Rosa Weber pela descriminalização do aborto, mas disse discordar do entendimento da ministra aposentada.

Dino foi questionado sobre o tema durante sabatina na Comissão de Constituição e Justiça do Senado, nesta quarta-feira 13, em uma intervenção do senador Magno Malta (PL-ES).

“Minha posição é pública: eu, assim como Norberto Bobbio, tenho uma posição jurídica no sentido de que o sistema jurídico pode ser debatido talvez no Congresso Nacional. Então, eu não imagino que é caso de uma decisão judicial sobre isso, e sim de um debate no Parlamento“, declarou o candidato a ministro.

“Esse processo já foi votado pela ministra Rosa e não poderei eventualmente rever o voto que ela proferiu. Respeitável, não há dúvida, mas desconforme com aquilo que particularmente eu penso.”

O Supremo julga um processo que pode descriminalizar o aborto até a 12ª semana de gestação.

A análise da ação, apresentada em 2017 pelo PSOL, começou em 22 de setembro, no plenário virtual A então presidente da Corte, Rosa Weber, proferiu o primeiro voto, a favor da descriminalização. Logo na sequência, o ministro Luís Roberto Barroso pediu destaque, ou seja, levou o caso para o plenário presencial.

Na condição de atual presidente, Barroso tem a prerrogativa de escolher quando pautar o retorno da votação.

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