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Randolfe volta a criticar decisão do Ibama contra exploração de petróleo na foz do Amazonas
Durante encontro de autoridades, em Belém, o líder do governo no Congresso disse que a preocupação deveria ser a fome na região
O líder do governo no Senado, Randolfe Rodrigues, voltou a criticar, nesta sexta-feira 4, a decisão do Ibama por rejeitar o licenciamento ambiental para exploração de petróleo na foz do rio Amazonas. O tema voltou ao foco durante o evento “Diálogos Amazônicos”, que reuniu a alta cúpula do governo, ministros e entidades da sociedade civil para debater soluções sustentáveis para a vida na região.
“Eu fico muito feliz que o mundo esteja se voltando a falar com Amapá por conta da riqueza de petróleo que tem na margem, pelo menos assim o mundo olha para o Amapá e olha para a Amazônia”, ironizou Rodrigues. “[Para] conseguirmos debater junto à questão da preservação e das alternativas para dar de comer ao povo, porque não tem devastação ambiental maior do que a produzida pela fome, pelo desemprego, pela miséria”.
A saída dele do partido a Rede Sustentabilidade foi motivada pela negativa à extração. A medida foi apoiada pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, também da sigla. A discordância sacramentou o rompimento entre os dois antigos aliados.
O senador defendeu que essas decisões devem ser debatidas com a população local e com “respeito a ciência”. Já a ministra tem apontado o risco ambiental do projeto em caso de desastres. Lula tenta mediar, mas já sinalizou ser partidário da exploração, ainda que com ressalvas.
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