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O Congresso não pode ser submisso ao governo, diz Lula sobre aprovação da MP dos ministérios

Presidente classificou como vitoriosa a ‘votação expressiva’ da medida provisória conquistada na Câmara e defendeu a ‘liberdade’ dos parlamentares fazerem emendas aos projetos do governo

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
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O presidente Lula (PT) fez um rápido comentário sobre a aprovação da medida provisória que reestrutura os ministérios após a aprovação do texto na Câmara e no Senado Federal. Segundo disse, a tramitação conturbada da medida é ‘natural’ do ambiente político.

A declaração ocorreu em uma coletiva de imprensa nesta quinta-feira 1º ao lado do presidente da Finlândia, Sauli Niinistö, que visita Brasília.

“É preciso compreender a natureza da política. Ela não é uma ciência exata, como dois mais dois, ela muda de acordo com a discussão e com o comportamento dos partidos políticos. Foi o que aconteceu ontem. Nós conseguimos aprovar com muito mais votos do que a gente esperava e será assim em outras votações”, disse.

A MP, importante lembrar, só foi votada no limite do prazo de vencimento no Congresso após a articulação pessoal de Lula. O petista contou, além de ligação e reunião com Arthur Lira (PP-AL), com a liberação recorde de emendas e uma sinalização de que pode trocar ministros em breve para atender o interesse de outras alas do Congresso.

O texto aprovado, também importante mencionar, altera significativamente a estrutura inicial pensada pelo governo federal. Pastas como a do Meio Ambiente e dos Povos Indígenas tiveram atribuições esvaziadas. As mudanças, porém, foram relevadas por Lula:

“Nós, neste governo, respeitamos o Congresso Nacional e achamos que o Congresso não pode ser submisso ao governo. Ele não tem obrigação de aprovar o que eu quero, eles têm obrigação de aprovar aquilo que eles entendem que deva ser aprovado”, disse.

“Da mesma forma que um presidente assina uma medida provisória, um deputado ou um partido podem querer fazer uma emenda. E nem sempre eles estão errados”, defendeu. “Portanto, [a votação de ontem] foi muito interessante e muito importante e é isso que vai acontecer durante todo meu mandato”, finalizou.

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