CartaExpressa
Ex-número 2 do GSI diz que G. Dias ‘reteve’ informações da Abin sobre o 8 de Janeiro
O general Penteado depôs à CPI aberta pela Câmara Legislativa do Distrito Federal para investigar o vandalismo bolsonarista
O general Carlos José Russo Assumpção Penteado, ex-secretário-executivo do Gabinete de Segurança Institucional, afirmou nesta segunda-feira 4 que o ex-ministro Gonçalves Dias “reteve” informações da Agência Brasileira de Inteligência sobre os ataques golpistas de 8 de Janeiro.
Penteado prestou um depoimento à CPI aberta pela Câmara Legislativa do Distrito Federal para investigar o vandalismo bolsonarista na capital.
“Todas as ações conduzidas pelo GSI no dia 8 de Janeiro estão diretamente relacionadas à retenção pelo ministro Gonçalves Dias dos alertas produzidos pela Abin, que não foram disponibilizados oportunamente para que fossem acionados todos os meios do Plano Escudo”, disse o depoente.
Segundo Penteado, “se a Coordenação de Análise de Risco tivesse acesso ao teor dos alertas encaminhados ao general Gonçalves Dias pelo diretor da Abin, as ações previstas pelo Plano Escudo teriam impedido a invasão do Palácio do Planalto”.
Diante disso, diz o militar, é possível concluir que não houve um “apagão na inteligência”, mas uma “quebra” no fluxo de informações. Ou seja: de acordo com ele, os dados da Abin não chegaram às pessoas que deveriam ser as destinatárias dos alertas.
Relacionadas
CartaExpressa
‘Comigo não passa’, diz Carlos Lupi sobre proposta de desvinculação do salário mínimo
Por CartaCapitalCartaExpressa
Lula diz que Edinho Silva, de Araraquara, é o melhor prefeito do Brasil
Por CartaCapitalCartaExpressa
Embaixador do Brasil não deve voltar a Israel, diz Celso Amorim
Por CartaCapitalCartaExpressa
Lula dá início a obras de prevenção contra enchentes no interior de São Paulo
Por Carta CapitalApoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Os Brasis divididos pelo bolsonarismo vivem, pensam e se informam em universos paralelos. A vitória de Lula nos dá, finalmente, perspectivas de retomada da vida em um país minimamente normal. Essa reconstrução, porém, será difícil e demorada. E seu apoio, leitor, é ainda mais fundamental.
Portanto, se você é daqueles brasileiros que ainda valorizam e acreditam no bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.