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CPI antecipa depoimento de vendedor de vacina que denunciou propina

Luiz Paulo Dominguetti Pereira será ouvido nesta quinta-feira 1 pelos senadores

Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado
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Luiz Paulo Dominguetti Pereira, que se apresenta como representante da Davati Medical Supply e denunciou o suposto pedido de propina do governo para aquisição de vacinas, irá depor à CPI da Covid no Senado nesta quinta-feira 1. O representante é esperado em Brasília ainda pela manhã. Inicialmente, a convocação estava marcada para sexta-feira 2.

A CPI esperava ouvir hoje o empresário Francisco Maximiano, dono da Precisa Medicamentos, que intermediou a negociação suspeita da vacina Covaxin.

Maximiano, no entanto, conseguiu junto ao Supremo Tribunal Federal um habeas corpus que lhe da o direito de permanecer calado.

Para reduzir os riscos de uma nova oitiva ‘improdutiva’ e sem esclarecimentos, como a de Carlos Wizard, a comissão de inquérito irá recorrer da decisão ao Tribunal antes de ouvir o empresário.

Sobrepreço, pressões pela liberação, tentativa de pagamento antecipado, uso de empresa de fachada, desvios de dinheiro são apenas algumas das suspeitas que o empresário terá de esclarecer aos senadores.

Novas linhas de investigação

As denúncias de Dominguetti abriram uma nova linha de investigação na comissão. Segundo o relato do vendedor ao jornal Folha de S. Paulo, Roberto Ferreira Dias, então diretor de logística do Ministério da Saúde – exonerado do cargo logo após as denúncias -, teria pedido 1 dólar de propina por dose na negociação com a Davati.

Ao jornal, o representante disse não ter aceitado o pedido, motivo pelo qual a negociação foi encerrada. A oferta da empresa era de 400 milhões de doses da vacina AstraZeneca.

A denúncia de Dominguetti foi considerada ‘grave’ pelos integrantes da comissão, mas ainda possui diversos pontos a serem esclarecidos. As ‘pontas soltas’ e polêmicas do caso estão reunidas em reportagem recente de CartaCapital.

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