CartaExpressa

Vendedor que denunciou propina no governo irá depor na sexta à CPI

O presidente da comissão, senador Omar Aziz, confirmou a convocação de Luiz Paulo Dominguetti Pereira

Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado
Apoie Siga-nos no

Luiz Paulo Dominguetti Pereira, que se apresentou como representante da empresa Davati Medical Supply e denunciou pedido de propina do governo para compra de vacinas AstraZeneca, deve depor na CPI da Covid no Senado nesta sexta-feira 2. A confirmação foi feita pelo presidente da comissão, senador Omar Aziz (PSD-AM).

“Denúncia forte. Vamos convocar o senhor Luiz Paulo Dominguetti Pereira para depor na CPI da Pandemia na próxima sexta-feira, dia 02/07”, publicou Aziz em suas redes sociais ainda na noite de terça 29.

Dominguetti revelou ao jornal Folha de São Paulo ter oferecido 400 milhões de doses do imunizante ao Ministério da Saúde. Na negociação, Roberto Ferreira Dias, diretor de logística da pasta, teria cobrado propina de 1 dólar por dose para concretizar a compra.

Por não haver o pagamento, o negócio foi encerrado em uma agenda oficial no ministério no dia seguinte ao jantar.

A informação repassada ao vendedor é de que a aquisição de vacinas só avançaria dentro do ministério se ele “composse com o grupo”.

Essa “composição”, segundo revelou, era acrescentar 1 dólar no valor de cada dose. Sem a propina, o preço oferecido naquele momento era de 3,5 dólares.

Logo após as denúncias, Roberto Ferreira Dias foi exonerado do cargo.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Relacionadas

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Os Brasis divididos pelo bolsonarismo vivem, pensam e se informam em universos paralelos. A vitória de Lula nos dá, finalmente, perspectivas de retomada da vida em um país minimamente normal. Essa reconstrução, porém, será difícil e demorada. E seu apoio, leitor, é ainda mais fundamental.

Portanto, se você é daqueles brasileiros que ainda valorizam e acreditam no bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.

Quero apoiar